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Postado por: Carlos Henrique
Data: 29/09/2021Zoneamento:
Um trabalho em defesa da vida!A experiência adquirida nos 10 anos, completados em fevereiro, de mandato na Assembleia, foi sobejamente exibida esta semana pelo deputado Jean Oliveira. Não foi coisa pouca. O que se buscava era a construção dos consensos possíveis para encaminhamento da audiência pública realizada na Assembleia para, respeitados os fundamentos legais, votação do Projeto de Lei Complementar 85/2000 - PL 085, que trata da revisão do Zoneamento Socioeconômico Ecológico de Rondônia. Relator do processo, o parlamentar mereceu distinção do presidente Alex Redano ao receber dele a responsabilidade pela condução do evento, o que fez com maestria, para dar voz a cada um dos interessados no processo, de forma a possibilitar a atenção possível a todas as demandas.A revisão do Zoneamento é fundamental para o desempenho dos diversos setores da vida no estado, especialmente por sua vocação econômica essencialmente ligada ao agronegócio. Não se pode desconsiderar, porém, as peculiaridades da condição de estado amazônico, o que coloca as questões ambientais como ponto focal indispensável nas discussões, pela perspectiva de afetar fundamentalmente a própria comercialização da produção local. Daí a preocupação de Jean Oliveira em buscar o equilíbrio necessário à construção de um modelo sustentável sem “sob hipótese nenhuma virar às costas para a realidade da gente que ocupou esse Estado”.- “Não podemos em momento algum fechar os olhos para a necessidade de preservar. Mas a sustentabilidade se faz num tripé: - da economia, do social e do ambiental. Não se pode focar somente em um dos pontos. Nós temos que lembrar que existem pessoas, pessoas que precisam trabalhar, precisam ganhar o seu sustento, e assim se faz o Estado de Rondônia, um Estado pujante, um Estado progressista”.Na verdade, o tratamento dispensado à questão ambiental na Amazônia sempre partiu de uma premissa equivocada, ao preconizar a necessidade de preservação de nossos recursos naturais para as gerações futuras. Trata-se, obviamente, de uma preocupação secundária na consciência coletiva, voltada enfim, prioritária e até institivamente, para a garantia da própria sobrevivência.As autoridades responsáveis pelo setor sempre abordaram o problema da preservação e gerenciamento ambiental com foco exclusivo na necessidade de combate à depredação, na preservação a qualquer custo, nas fiscalizações punitivas e policialescas. E na aplicação de soluções simples para problemas complexos, o que no geral resulta na imposição de decretos com a vã expectativa de solucionar décadas de omissão e descaso com uma simples canetada.Não se preocupou em disponibilizar alternativas para o produtor, obrigado a optar entre submissão e ilegalidade. Existem alternativas que, lamentavelmente, são superadas pela exclusão do necessário tratamento profissional da questão, em função da ocupação político-eleitoral dos órgãos governamentais ligados ao setor. O produtor rural precisa ter a certeza de acordar pela manhã em uma terra que continua sua propriedade, como é há dez, vinte, trinta anos ou mais. E que não lhe será tomada à conta de uma decisão de gabinete.É preciso também dimensionar as conquistas e benefícios do gerenciamento ambiental direcionado à geração de riquezas. É fundamental a adoção de um novo enfoque. Pois se a terra me pode ser tomada daqui para ali, porque haverei de cuidar? E se a alternativa para a garantia da sobrevivência é a degradação, quem haverá de conservar a natureza? A população precisa ser convencida, com modelos práticos e experiências bem sucedidas, de que conservar é um bom negócio. Que o patrimônio ambiental de cada propriedade pode ser contabilizado em moeda corrente,O produtor rural precisa perceber que a floresta pode e deve realizar lucros para cada lote. Que conservar a natureza é bom, mas lucrar com isso é ótimo. É preciso trabalhar de forma mais eficaz para disponibilizar tecnologia, inovação e fundamentalmente informação. O público-alvo precisa deixar de ser objeto de uma fiscalização policialesca, ineficaz e, não raro, vítimas de extorsão, para se transformar, ele próprio, no maior interessado na preservação ambiental, como forma de incrementar a lucratividade de cada propriedade. Nesse sentido, o deputado Jean Oliveira orientou os primeiros passos de uma caminhada que pode se confirmar muito produtiva.Clique aqui e comente -
Postado por: Carlos Henrique
Data: 08/05/2021Feliz Dia das Mães
Andrey CavalcanteConselheiro Federal da OAB, Andrey Cavalcante une Olavo Bilac e Robnerto Carlos em homenagem às mães“Jorra de teu olhar um rio luminoso” –, verso inspirador de Olavo Bilac, sintetiza o espírito da Grande Mãe, ou Magna Mater, escrava do amor de seus filhos. E homenageia todas as mães brasileiras neste segundo domingo de maio, que une o país sob as bênçãos do amor de Maria, mãe de Jesus.Extremamente felizes são, igualmente, os versos da maravilhosa canção “Nossa Senhora” de Roberto e Erasmo Carlos, muito apropriada a esses dramáticos tempos de dor e sofrimento por que passamos todos:Nossa Senhora me dê a mão
Cuida do meu coração
Da minha vida, do meu destino
Do meu caminho:
Cuida de mim!Integro-me, jubiloso e solidário, as justas homenagens às mães brasileiras, especialmente às mães advogadas, por seu dia. Júbilo pela oportunidade de comemorar a data na companhia de minha mãe, Lurdes Cavalcante, merecedora de todos os meus louvores. Solidário com tantas mães que perderam os filhos.Solidário a tantos filhos cujas mães foram levadas pela Covid - entre os quais me incluo, pela sempre sentida perda de minha avó, Maria Inácia da Silva, que superou a internação por Covid, mas cujo frágil coração idoso não resistiu às seqüelas do mal.
Confiante, contudo, no socorro da Santa Mãe de Jesus, que haverá de interceder por todos nós e fazer cessar esse martírio com a rápida vacinação de todos, saúdo a todas as mães pelo seu dia.Clique aqui e comente -
Postado por: Carlos Henrique
Data: 17/02/2021Convenção do MDB:Falta de habilidadede Lúcio Mosquini
estimula oposiçãoA julgar pelo andamento do desfile, o “Bloco do Eu Sozinho”, que o deputado Lúcio Mosquini tem imposto ao MDB desde sua posse na Presidência, para desespero dos demais foliões, corre o risco de ser desclassificado. A abertura das urnas na convenção regional do Partido será o julgamento de seu desempenho. Programado para esta sexta-feira, véspera do sábado de aleluia, o encontro pode resultar em rebaixamento para as pretensões do deputado e, permanecer no comando da sigla.É claro que seu estilo imperial de conduzir o MDB desde a posse no comando da instituição sempre desagradou os foliões, especialmente da “Velha Guarda” do partido. De uma forma geral, todos queriam o senador Confúcio Moura no comando partidário. Essa insatisfação, somada ao pífio desempenho eleitoral em 2020, produziu um isolamento que, se bom para o combate à contaminação pela pandemia, é péssimo para uma instituição que se propõe a ser “agremiação partidária”, não exclusividade do seu presidente.A gota d’água desse desencanto dos militantes com o presidente pode ter sido o convite, formulado sem ouvir ninguém, a João Gonçalves Silva Júnior, reeleito em 2020 pelo PSDB de Jaru, para sair candidato ao governo do estado pelo MDB. O convite, prontamente recusado, além de desgastar a imagem do partido que comanda, ainda ofereceu ao jovem prefeito não apenas uma oportuna notoriedade político/eleitoral, como credenciamento para ocupar o cargo de vice ou qualquer outra vaga na chapa do governador Marcos Rocha.É que, além de recusar o convide do MDB, João Gonçalves cobriu de elogios a administração de Marcos Rocha. Não se pode esquecer que seu primo, Júnior Gonçalves é ali o principal expoente. Ou seja: Lúcio Mosquini atirou no próprio pé ao amplificar fortemente a insatisfação, que já não era pouca, dos peemedebistas com sua atuação na presidência regional da sigla. Isso pode ficar evidente na convenção desta sexta-feira..Clique aqui e comente -
Postado por: Carlos Henrique
Data: 27/01/2021Feliz ano novo.
De novo!
Reproduzo aqui artigo do ex-presidente da OAB Rondônia e atual conselheiro federal, Andrey Cavalcante, em solidariedade a tantas famílias rondonienses que perderam entes queridos para a pandemia. Rogo a Deus para que todos redobrem cuidados, na esperança de que a vacinação chegue rapidamente, para que tantos mais não sejam vitimados.“É preciso atacar uma crise de cada vez: primeiro a crise
sanitária, em seguida a econômica e, por fim, a política”.Ainda que com o coração dilacerado pela irreparável perda de minha querida avó, Maria Inácia da Silva, cumpro aqui o dever de manifestar irrestrita solidariedade a tantas famílias que perderam e lamentavelmente continuam a perder entes queridos e amigos nessa pandemia insidiosa, nefasta e trágica. Minha avó Inácia resistiu, aos 92 anos, com a força de guerreira amazônida – verdadeira Amurian – na luta contra o Covid-19. Conseguiu vencer, e recebeu alta em julho do ano passado, depois de 21 dias na UTI. Mas seu organismo, fragilizado, não resistiu. Não sem incorporar a seu legado mais um exemplo de coragem e tenacidade, a demonstrar que é preciso acreditar na vida. E lutar por ela.Atitude, empatia, compaixão e solidariedadeAquilo que minha avó sempre ensinou - e praticou por toda a sua vida, virtudes que lhe facilitaram o caminho do sucesso como empresária do comércio – é hoje a principal ferramenta no combate ao vírus, enquanto não chega a vacina para todos. Atitude, empatia, compaixão e solidariedade não são mais apenas meritórios qualificativos para engrandecimento do caráter individual do ser humano. São, na verdade, os mais eficazes mecanismos para a superação do mal, que nos obriga a defender a saúde das pessoas de nosso convívio para garantia de nossa própria proteção. A ciência ainda não encontrou alternativa medicamentosa para o combate à pandemia, segundo a Anvisa. Não há nem mesmo garantia científica de imunidade em nova contaminação para quem já contraiu a doença. A verdade é que você somente estará em segurança se o seu vizinho também estiver.A expectativa geral é que as vacinas provavelmente tenham algum efeito na transmissão, mas por hora ninguém sabe o quanto. Diferentes níveis de proteção contra a transmissão podem fazer uma grande diferença na eficácia do combate à pandemia. E se a vacina pode proteger da doença, mas não necessariamente do vírus, mesmo depois que houver a vacinação, ainda será necessário continuar com algumas medidas de segurança — como o uso de máscara, por exemplo — até que a pandemia esteja sob controle. É que mesmo que você esteja vacinado, pode transmitir o vírus para quem ainda não a tomou. Ou seja: continua valendo a eficácia do uso de máscaras, distanciamento e higienização correta e frequente das mãos.Com esse quadro, quais seriam as perspectivas para este ano, que começa com tamanha dramaticidade? Eu diria que não deixam de ser alentadoras, considerada a perspectiva de produção nacional vacinas em volume suficiente para atender a toda a população. É a tal imunização de rebanho. Ainda que tenhamos começado tarde, será possível dar um exemplo ao mundo e chegar à frente, consideradas a experiência em campanhas de vacinação e a capilaridade do SUS. Mas é preciso que cada um faça a sua parte nessa caminhada que se aproxima da imunização de todos. É preciso atacar uma crise de cada vez: primeiro a crise sanitária, em seguida a recuperação da economia e, por fim, a política. Palavras reproduzidas inclusive pelo ministro Paulo Guedes.
É muito difícil fazer previsões de longo prazo, já que a tendência é prever aquilo que queremos que aconteça, não o que os fatos possam indicar. Mas o rondoniense é historicamente vocacionado para o enfrentamento de dificuldades. Coragem e capacidade de trabalho não faltam por aqui. Nosso espírito pioneirista haverá de facilitar a necessária e rápida adaptação à nova realidade, ao “novo normal” que uma visão otimista nos permite vislumbrar ainda para este primeiro semestre de 2021.Já escrevi – e considero oportuno reproduzir no momento em que se anuncia um novo começo de ano e de muito maior valorização da vida – que “Para você, desejo o sonho realizado. O amor esperado. A esperança renovada. Para você, desejo todas as cores desta vida. Todas as alegrias que puder sorrir. Todas as músicas que puder emocionar. Desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida. Gostaria de lhe desejar tantas coisas, mas nada seria suficiente... Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos. Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto, ao rumo da sua felicidade".Com a assinatura de nosso poeta maior, Carlos Drumond de Andrade, a mensagem sintetiza o que verdadeiramente mobiliza a sociedade brasileira. E passa muito longe de divisões eleitoreiras entre "nós" e "eles", impostas escancaradamente sob o disfarce de "ideologia". Os estudiosos do comportamento humano estão diante de uma nova oportunidade para analisar a atitude do brasileiro em geral, muito mais otimista do que os doutores do saber - e do poder - borboleteiam. E muito mais confiante em relação às perspectivas e expectativas para o Brasil nesse novo ano que precisa começar de novo, com mais atitude, mais ação, mais poesia, mais desejos realizados.E menos gritaria!Clique aqui e comente -
Postado por: Carlos Henrique
Data: 27/11/2020Servidores denunciamcolapso na saúde:
quantos mais terão que morrer em rondônia?
O documento da direção do Cemetron, encaminhado à Sesau e a todas as unidades de saúde do estado, além de anunciar a suspensão do recebimento de novos pacientes, denuncia e documenta o “colapso na saúde pública” rondoniense, em razão da falta de recolhimento de lixo hospitalar. Mas o caos instalado na saúde vai muito além disso. Passa pela suspensão de procedimentos cirúrgicos no Hospital de Base, João Paulo II e Cosme e Damião, em função da absurda falta de bisturis e até esparadrapo, para testemunhar a incompetência governamental na administração dos fabulosos recursos destinados constitucionalmente à saúde pública no orçamento do Estado e da União.A denúncia parte dos próprios servidores da Sesau, numa tentativa de verbalizar sua indignação e obviamente temerosos de represálias. Assustados com os riscos de contaminação, eles classificam essa comprovação oficial expressa no documento assinado pela direção do Cemetron como uma convocação aos setores responsáveis pela fiscalização para que alguma atitude seja adotada. O problema foi emergencialmente corrigido com a prorrogação do contrato da empresa, que voltou a recolher o lixo.Mas a origem permanece a mesma, ou seja, a incompetência e a irresponsabilidade forami também emergencialmente prorrogadas. Daí a razão da pergunta: quantos mais precisarão morrer para que alguma atitude seja tomada pela Assembleia, Ministério Público, TCE e Judiciário? Até quando continuarão a fingir que não é com eles? É preciso lembrar – observa um experiente jurista ouvido pelo Blog – que esta situação se enquadra como cerceamento ao exercício de um direito individual e social, o que se constitui em crime de responsabilidade (lei 1.079/50).Antes que algum idiota se apresse a dizer que estou a manifestar mágoa pela derrota de meu candidato, informo que Isso não me assusta, não provoca, nem merece que eu possa deixar de lado uma questão de tamanha gravidade para perder tempo e dar atenção à mesquinharia de quem se preocupa exclusivamente com a manutenção de sinecuras e boquinhas. É preciso olhar com atenção para a aterradora realidade que se anuncia. Porque todos sabemos que, ao final das contas, os poderosos vão recorrer aos caríssimos tratamentos dos hospitais particulares, enquanto sobre os despossuídos paira a imagem de corpos lançados em caminhões frigoríficos ou sepulturas apressadamente abertas, sem velório ou último adeus”.Não é admissível que isso possa acontecer justamente no momento em que os índices de contaminação da Covid apontam para forte recrudescimento. É preciso que todos se manifestem, especialmente porque também na esfera municipal o setor de saúde está sucateado. E que a maioria dos médicos tem férias programadas para o final do ano, um direito inquestionável que, no entanto, poderia ter sido administrado com soluções negociadas logo no início da pandemia, caso algum planejamento houvesse. E a economia voltará a ser fortemente afetada, mesmo que se consiga afastar a perspectiva de lockdown, porque o medo não se anula por decreto. .
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