Hoje : Terça-Feira 1 de Julho de 2025
Blogdocha
  • Postado por: Carlos Henrique
    Data: 30/06/2025

     

    Proparoxítonas
    a nobreza na ponta da língua

    Tenho por hábito não reproduzir textos. Nem citações longas. Nada contra quem publica, como da própria autoria, textos alheios, com mudança do título para incorporar a própria opinião. E para, não raro, contrariar o teor do texto original. É que peculário desprezo pelo título incorpora a impaciência com a leitura, limitada às primeiras linhas, talvez o primeiro parágrafo do material copiado, obviamente sem citação da fonte.
     
    Pessoalmente, evito a reprodução, mesmo do trabalho genial de inúmeros jornalistas, articulistas e autores, ainda que com a citação da autoria. Não por orgulho ou arrogância, mas para evitar uma certa dose de vergonha pela apropriação indébita. Por Vezes, porém, a genialidade criativa impõe a reprodução do trabalho, como é o caso do texto seguinte, publicado em 2020 pelo arquiteto, escritor e colunista do jornal "O Globo”, Eduardo Affonso, cuja leitura recomendo.
     
    “Há dois tipos de palavras: as proparoxítonas e o resto.
    As proparoxítonas são o ápice da cadeia alimentar do léxico.
    Estão para as outras palavras assim como os mamíferos para os artrópodes.
    As palavras mais pernósticas são sempre proparoxítonas. Das mais lânguidas às mais lúgubres. Das anônimas às célebres. Se o idioma fosse um espetáculo, permaneceriam longe do público, fingindo que fogem dos fotógrafos e se achando o máximo. Para pronunciá-las, há que ter ânimo, falar com ímpeto - e, despóticas, ainda exigem acento na sílaba tônica!
     
    Sob qualquer ângulo, a proparoxítona tem mais crédito.
    É inequívoca a diferença entre o arruaceiro e o vândalo.
    O inclinado e o íngreme.
    O irregular e o áspero.
    O grosso e o ríspido.
    O brejo e o pântano.
    O quieto e o tímido.
     
    Uma coisa é estar na ponta – outra, no vértice.
    Uma coisa é estar no topo – outra, no ápice.
    Uma coisa é ser fedido – outra é ser fétido.
    É fácil ser valente, mas é árduo ser intrépido.
     
    Ser artesão não é nada, perto de ser artífice.
    Legal ser eleito Papa, mas bom mesmo é ser Pontífice.
    (Este último parágrafo contém algo raríssimo: proparoxítonas que rimam. Porque elas se acham únicas, exóticas, esdrúxulas. As figuras mais antipáticas da gramática.)
     
    Quer causar um impacto insólito? Elogie com proparoxítonas.
    É como se o elogio tivesse mais mérito, tocasse no mais íntimo.
    O sujeito pode ser bom, competente, talentoso, inventivo – mas não há nada como ser considerado ótimo, magnífico, esplêndido. Da mesma forma, errar é humano. Épico mesmo é cometer um equívoco.
    Escapar sem maiores traumas é escapar ileso – tem que ter classe pra escapar incólume.
     
    O que você não conhece é só desconhecido.
    O que você não tem a mínima ideia do que seja – aí já é uma incógnita.
    Ao centro qualquer um chega – poucos chegam ao âmago.
    O desejo de ser uma proparoxítona é tão atávico que mesmo os vocábulos mais básicos têm o privilégio (efêmero) de pertencer a esse círculo do vernáculo – e são chamados de oxítonos e paroxítonos. Não é o cúmulo?
     

     

     
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  • Postado por: Carlos Henrique
    Data: 28/06/2025

     

    “Congresso não vai
    perdoar se governo
    recorrer ao STF”
     
     
    Calma lá! Não é de minha lavra o despautério aí de cima. Quem disse isso foi o imortal Merval Pereira, 75 anos, presidente da ABL e colunista de O Globo. Reproduzo o título de seu artigo de sexta-feira mais pelo que sugere do que efetivamente diz. É como uma ameaça de Benjamim Netanyahu aos sobreviventes famélicos da faixa de Gaza: - “Fiquem quietos, pois tudo pode piorar”.

    Merval Pereira não conseguiu refrear o que parece ser a sedução de imortalizar-se como “imorrível”, à semelhança daquele outro, que somente passa a merecer citação a partir da sentença condenatória no STF. O colunista ainda vaticinou: - “É difícil, quase impossível que o Congresso volte atrás, pela maneira como foi feita e com a vitória avassaladora. A única maneira é a negociação de um corte de gastos”.
     
    Claro que ele não diz onde cortar, mas pensa claramente no óbvio: começa pelo congelamento do salário mínimo, aposentadorias, bolsa família e benefícios sociais. Além da sempre presente desvinculação da saúde e educação. E o Imposto de Renda fica como está! Que negócio é esse de isenção para quem recebe até R$ 5 mil? Querem destruir o país? Nem ao menos lhe ocorre a possibilidade de cobrar IR dos ricos, que hoje pagam 2,5%, enquanto uma pessoa que ganha R$ 4 mil paga 15% de imposto, e quem recebe R$ 5 mil, 22,5%.
     
    Ajusta-se aqui, à perfeição, ao pensamento do presidente do “clube dos imortais” a resposta do jovem poeta Antero de Quental a um crítico já avançado em anos, por uma observação tola sobre a geração de novos poetas: - "Levanto-me quando os cabelos brancos de v. ex.ª passam diante de mim. Mas o travesso cérebro que está debaixo e as garridas e pequeninas cousas, que saem dele, confesso não me merecerem nem admiração nem respeito, nem ainda estima. A futilidade num velho desgosta-me tanto como a gravidade numa criança. V. ex.ª precisa menos cinquenta anos de idade, ou então mais cinquenta de reflexão”.
     
    Na verdade, o enfrentamento é a única alternativa que resta ao governo. Deputados e senadores não estão preocupados com a economia. Nem poderiam, pois todos os indicativos são favoráveis ao governo. E o país continua a crescer, mesmo com os juros nas alturas, com sucessivos recordes na queda do desemprego, inflação um pouco elevada, mas sob controle, e aumento real do salário mínimo bem acima da inflação.
     
    O que apavora de verdade os nobres parlamentares é o STF, com destaque para o ministro Flávio Dino, por conta das emendas parlamentares. Já não é tanto pela perspectiva de acabar com a distribuição futura das emendas parlamentares. O que apavora mesmo é a investigação da PF das emendas passadas, considerável parcela das quais foi dirigida aos bolsos ávidos de suas excelências.
     
    Consta que estão sendo investigados, pela Polícia Federal, 82 “representantes do povo”, uma bancada expressiva. Por isso vão continuar a fustigar o governo, na esperança de que Lula controle seu ex-ministro da Justiça. Lula não tem esse poder. Dino não é Nunes Marques ou André Mendonça, os tais 20% da corte que Bolsonaro diz controlar.
     
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  • Postado por: Carlos Henrique
    Data: 26/06/2025

     

    Marcos Rocha X Sérgio Gonçalves
    FAÇAM SUAS APOSTAS

    O Governador não quer dialogar com seu vice. Quer explicar que se ele não se afastar, quem sabe para uma vaga no TCE, arrisca-se a desprezar a sorte e perder a passagem do cavalo encilhado. Se a escolha do vice foi realmente uma escolha pessoal, contra a qual todos se manifestaram na ocasião, Marcos Rocha terá cometido um grave erro, que tenta agora corrigir com outro. Ainda que não tenha recebido um só voto, Sérgio Gonçalves foi eleito. E não pode ser tirado do caminho apenas pela vontade de quem afirma tê-lo colocado lá.
     
    Mas não resta alternativa ao chefe do executivo: ou ele afasta o vice ou desiste de concorrer ao Senado e se afasta com ele. Nesse caso, ambos perdem. Ou, melhor, os três perdem – considerada a “inafastável” presença de Júnior Gonçalves, um “tertius”, credenciado como tal exclusivamente à conta da própria opinião. Marcos Rocha sabe que se deixar o governo com o vice irá comer o pão que seu ex-chefe da Casa Civil amassou. Com as mãos - esclareço, antes que algum engraçadinho se manifeste.
     
    A rodada de entrevistas do governador Marcos Rocha tem exibido, para quem usa a cabeça para algo alem de separar as orelhas, um enfadonho, exaustivo e ineficaz exercício de falar tudo sem dizer coisa alguma. Marcos Rocha pode até ter colecionado um vasto material de propaganda do governo de Bibi Netanyahu, coisa certamente disponível em qualquer balcão de hotel ou bunker de seu roteiro turístico em Israel. Nada além de “fortes emoções”.
     
    Nada foi dito – nem poderia, sob pena se confirmar o óbvio – sobre seu relacionamento com o vice-governador. Marcos Rocha, Sérgio Gonçalves, os entrevistadores e até os candirus do Madeira sabem que a entrega do governo ao vice é um “jogo de soma zero”. Refiro-me à equação matemática da Teoria dos Jogos, na qual o ganho de um (Sérgio Gonçalves) é exatamente igual à perda do oponente (Marcos Rocha). Pode acontecer? Só quando eu voltar de Pernambuco...
     
    O teor da “conversa” resume-se a um monólogo: “Ou você sai para o TCE ou sai para nada”. Pelo sim, pelo não, o presidente da Assembleia, Alex Redano, já está em franca campanha para reeleição. Ao governo do Estado. Reconhecido como “cumpridor de acordos”, Redano, ao contrário de Sérgio Gonçalves, é experimentado nas urnas, bom de voto e já leva na bagagem substantivo apoio de Ariquemes e região. Ademais, sua presença no governo poderá impor fidelidade às dezenas de prefeitos que devem favores a Marcos Rocha. Quem, afinal, vai querer se queimar de véspera com alguém que reúne amplas condições de manter-se no cargo?
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  • Postado por: Carlos Henrique
    Data: 17/06/2025

     

     
    “Lei Confúcio” anula
     
    restrições do INCRA
    para 40 mil produtores
     
    Lei de autoria do senador consolida mandato legislativo e amplifica inveja e ressentimento de quem não tem o que mostrar
     
    Consta haver precedentes históricos, que remetem ao império, na decisão da ditadura militar de despachar para os confins da Amazônia os problemas sociais do sul do país. Assim fez D. Pedro I, quando dissolveu a Assembleia, domou o assanhamento dos constituintes, que pretendiam lhe suprimir poderes, e mandou todo o mundo pregar liberalismo para sucuris e onças na floresta.
     
    Da mesma forma, o general presidente Emílio Médici criou o INCRA em 1970 e mandou para a região norte, com oferta de lotes de terras, a inconveniência dos milhares de migrantes que deixavam a miséria do campo para tentar a sorte na miséria das favelas nas cidades. Graças ao trabalho de Confúcio, Rondônia começa apenas agora a corrigir um dos gravíssimos problemas que herdou da tal “integração”.
      
    Depende apenas de espaço na agenda de Lula a visita do presidente a Rondônia para a assinatura do decreto que regulamenta a lei Confúcio - lei nº 14.757/2023, de autoria do senador Confúcio Moura. O ato vai permitir a regularização estimada de 40 mil propriedades rurais rondonienses. Isso significa acesso ao crédito rural, com valorização ainda maior das propriedades rurais.  E poderá até duplicar a produção nas pequenas propriedades – aquela que coloca comida nas gôndolas dos mercados – pelo financiamento a juros baixos para cobrir 100% dos custos de produção, plantio ou desenvolvimento da atividade.
     
    A lei Confúcio elimina as chamadas “cláusulas resolutivas” – compromissos exigidos dos candidatos aos lotes de terras concedidos pelo INCRA nos assentamentos. Os selecionados se obrigavam ao pagamento parcelado dos valores cobrados pelas áreas, não poderiam negociar os lotes e se obrigavam a plantar as culturas indicadas para cada região. Com isso, as “cláusulas resolutivas” acabaram se transformando em “cláusulas impeditivas” e os lotes acabaram negociados com os chamados “contratos de gaveta”, quando não simplesmente abandonados por falta aptidão para o duro trabalho na lavoura ou pela ausência de condições de sobrevivência.
     
    Com o passar dos anos, abertura de vias de acesso aos assentamentos e escoamento da produção, veio o desenvolvimento da atividade e, com ele, novos problemas, o maior deles relacionado à segurança nas propriedades rurais, principalmente pela precariedade da documentação “de gaveta”. E tanto mais valorizada a terra, maiores os problemas. O jornalista  Gustavo R. Silva, do site Money Times, registrou em janeiro que levantamento da Scot Consultoria revela que o preço das áreas agrícolas subiu 113% nos últimos cinco anos. Em Rondônia – aponta ele - a valorização chegou a 300%, com preço médio de R$ 23,1 mil por hectare.
     
    Isso, evidentemente, nem de longe preocupa nossa bancada federal que, à exceção de Confúcio, dedica-se exclusivamente a pregar a salvação de Bolsonaro e prejudicar o governo, ainda que para impedir o andamento de pautas de fundamental importância para o país. É claro que estão todos presentes, perfeitamente adestrados, quando o assunto é anistia para os golpistas – não aqueles das manifestações, mas seus comandantes e patrocinadores. Ou na defesa do PL dos estupradores. Além de notabilizar-se na exploração do medo e ressentimento por eles mesmos criados com falsas acusações.
     

    Reproduzo aqui, pela importância, texto relativo à nova lei.

    Podcast reúne Confúcio e técnicos do INCRA

    Com decreto de Lula à vista, “Lei Confúcio” muda regras da terra e INCRA prepara mutirões para regularizar 40 mil imóveis em Rondônia. Senador Confúcio Moura e técnicos do INCRA detalham impactos da Lei 14.757/2023 em episódio do podcast “Põe na Bancada”
     
    Uma nova legislação federal pode transformar a realidade fundiária de milhares de famílias em Rondônia. A Lei nº 14.757/2023, de autoria do senador Confúcio Moura (MDB), prevê a extinção de cláusulas resolutivas em títulos rurais emitidos pelo INCRA e pode beneficiar até 40 mil propriedades no estado.
     
    O tema foi debatido em profundidade no mais recente episódio do podcast Põe na Bancada, que contou com a participação do senador e dos técnicos do INCRA Antônio Heller e Jorge Werley. A lei já está aprovada e aguarda apenas a regulamentação por decreto presidencial, que poderá ser assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita prevista a Rondônia.
     
    Um histórico de informalidade

    Ao longo de décadas, os títulos emitidos pelo INCRA impuseram cláusulas como proibição de venda e exigência de culturas específicas (como cacau ou café). Com o tempo, essas condições foram descumpridas — muitas vezes por razões econômicas — e os imóveis foram repassados informalmente, em contratos de gaveta. O resultado é um cenário de insegurança jurídica que atinge milhares de produtores, especialmente os da agricultura familiar.
     
    A nova legislação reconhece o terceiro adquirente de boa-fé, permitindo a regularização da propriedade desde que haja posse mansa, pacífica e uso produtivo da terra.

    “Estamos falando de milhares de pessoas que vivem da terra, produzem, mas que estavam fora do sistema por falta de regularização. Essa lei é uma resposta a essa demanda histórica”, destacou o senador Confúcio no episódio.
     
    Quem pode ser beneficiado?
     
    De acordo com os técnicos do INCRA, terão direito à regularização os atuais ocupantes das terras que:
    • Possuam posse mansa e pacífica;
    • Estejam produzindo de forma efetiva;
    • Tenham adquirido o imóvel de forma regular e de boa-fé;
    • Estejam em áreas de até 900 hectares.
    Propriedades com menos de 60 hectares não terão custos com a regularização. Já os imóveis maiores deverão seguir regras definidas no decreto presidencial e em instrução normativa do INCRA, atualmente em elaboração.
     
    Limites e salvaguardas
     
    A legislação, no entanto, não libera todas as obrigações. Permanecem válidas as exigências de pagamento da terra (para imóveis acima de 60 hectares) e de adequação ambiental. Terras com disputas judiciais ativas ou em situação de conflito fundiário estão expressamente fora do alcance da lei.

    As preocupações de movimentos sociais e sindicais, como a FETAGRO e chacareiros de Porto Velho, sobre possíveis despejos, foram respondidas com firmeza: “Se há litígio ou disputa na Justiça, a lei não se aplica àquela área”, explicaram os técnicos.
     
    O decreto presidencial, acrescido de nova instrução normativa do INCRA definirão os critérios operacionais, como a comprovação de boa-fé, a cadeia dominial dos contratos e os prazos para adesão, que devem ser de até cinco anos.
     
    Boa notícia para os Projetos de Assentamento

    Para os Projetos de Assentamento (PAs), a Lei 14.757/2023 também traz uma mudança significativa: a alteração do marco temporal necessário para regularização. Antes, era exigida a comprovação de ocupação desde 2015. Com a nova regra, basta estar ocupando a área há pelo menos um ano contado da data da vistoria do INCRA. Essa flexibilização já está permitindo que milhares de famílias em situação irregular possam ser regularizadas.
     
    INCRA vai descentralizar atendimento

    A expectativa é que o INCRA inicie o atendimento aos interessados em até 30 dias após a assinatura do decreto, por meio de mutirões regionais e da ampliação do programa Terra Cidadão, em parceria com prefeituras. A descentralização do atendimento deve facilitar o acesso de pequenos produtores, especialmente em áreas rurais mais afastadas.
     
    Além de agricultores, a legislação também contempla servidores públicos que atuam diretamente em projetos de assentamento, como professores, agentes comunitários de saúde, motoristas escolares e técnicos agrícolas.
     
    Reconhecimento à realidade

    Para os participantes do podcast, a lei representa um passo essencial para corrigir distorções históricas e abrir caminhos para que pequenos produtores possam acessar crédito, assistência técnica e segurança jurídica.
     
    “Estamos diante de um momento transformador”, afirmou Roberto Sobrinho, ex-prefeito de Porto Velho e apresentador do podcast: “Trata-se de reconhecer a realidade e dar dignidade jurídica a quem trabalha a terra há décadas.”
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  • Postado por: Carlos Henrique
    Data: 13/06/2025


    Acabou, p****!!!
    E agora? É possível

    recuperar o “mito”? 

     

    Ainda não havia internet, mas os memes já ensaiavam os primeiros passos. Exemplo disso circulou nos recursos então disponíveis com a versão satírica do fado “Tiro liro liro”, da imortal Amália Rodrigues: “Portugal não entrou na guerra, mas também não acovardou-se / Cobriram Portugal com um pano e escreveram por cima Portugal mudou-se”. Tudo a ver com a histórica fuga da corte portuguesa para o Brasil, comandada por D. João VI.
     
    Perdoem os patrícios, mas o blague me ocorre a título de ilustração da atitude do ex-presidente Jair Bolsonaro, que literalmente rasgou a fantasia de machão “Imorrível, incomível e imbroxável” e optou por acovardar-se, sem confrontar o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Uma tentativa desesperada de salvar a própria pele e evitar, pelo menos por enquanto, a eventualidade de uma prisão preventiva..  
     
    Ao admitir, quase aos prantos, ter se acostumado a mentir rotineiramente para conquistar o eleitor, o ex-presidente pediu perdão ao ministro, para classificar seus seguidores mais fiéis como “malucos” e “pobres coitados”. Não poupou nem mesmo os que acamparam às portas dos quartéis ou enviaram milhões em Pix para assegurar sua boa vida. Sem contar que foi para as calendas a história de anistia para os condenados pelo 8 de janeiro.
     
    Está claro que cantar o hino nacional para pneus ou pedir ajuda aos ETs com celular na testa diz muito sobre a sanidade mental dos manifestantes. Mas o efeito imediato da atitude amesquinhada do fanfarrão assustado foi devastador, como até ele poderia imaginar. Isso pouco lhe importa, pois confia que tudo será rapidamente esquecido e a própria legião de “malucos” vai encontrar justificativa para sua atitude.
     
    Quando nada, para argumentar que “o mito é assim mesmo” e “todo político faz isso”. Não faz! Pelo menos não assim tão descaradamente. O problema é que mesmo tamanho choque de realidade não é capaz de superar a vergonha de admitir o erro e o que se considera “humilhação” pela evidente derrota. Não se pode esquecer que o radicalismo destruiu antigas amizades e dividiu famílias, exemplos que podem ser contados aos milhões por todo o país.
     
    - Então não tem jeito mesmo! – pensarão alguns. Nada disso! É preciso agora o exercício do acolhimento dessa multidão de desgarrados. Não se pode reativar o ressentimento que foi cuidadosamente explorado na formação dessa legião de seguidores. Não se pode esquecer dos (muitos) oportunistas que se beneficiaram, elegendo-se na esteira de tudo aquilo pelo que Bolsonaro, humilhado, se penitenciou frente aquele que sempre considerou como seu perseguidor.


    Não é, no entanto e por definitivo, momento de exploração vingativa dessa frustração pela covardia do líder. A evidente admissão de culpa de Bolsonaro no depoimento já é um açoite doloroso, castigo suficiente.  É imperioso trabalhar agora pela superação dessa vergonhosa página da história política nacional.
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