Hoje : Sabado 10 de Maio de 2025
Blogdocha
  • Postado por: Carlos Henrique
    Data: 20/11/2013

    Ponte Brasil – Bolívia
    Raupp busca solução
     
    Informações de seu gabinete no Senado dão conta de que Valdir Raupp está muito animado com a possibilidade de assegurar a execução do projeto da ponte binacional ligando Guajará Mirim a Guayaramerim. Depois de ouvi um vagão de reclamações e protestos em sua visita à cidade na festa da última semana, o senador parece ter feito valer seu grande poder em Brasília e comandou um grupo de senadores em uma visita ao Planalto para cobrar providências. Do lado da Bolívia a notícia publicada pelo Blog do CHA também correu longe, a ponto do próprio Evo Morales se deslocar até Guayarámerin no último fim de semana para verificar a situação.
     
    O corre-corre foi tamanho que até o ministro dos Transportes da Bolívia atravessou o rio e visitou o ex-diretor superintendente do DNIT, José Ribamar Oliveira em Guajará-Mirim, em busca de informações. Oliveira esclareceu que um dos fatores determinantes da exclusão da obra pelo comitê gestor do PAC, na elaboração de sua terceira versão foi a foto do trecho boliviano da estrada, exibida pelo Google. Desatualizada, a foto mostra uma falsa imagem da situação, já que a obra está concluída e totalmente asfaltada. Ele sugeriu ao ministro a atualização da imagem. E esclareceu que a ponte encontra-se na rubrica Demais, absolutamente inviável, a menos que se desenvolva uma forte ação dos senadores rondonienses e do governo boliviano.
     
    Parece ter sido, felizmente para Rondônia, exatamente o que aconteceu. Quando Raupp e o grupo de senadores chegaram ao encontro com a ministra do planejamento, Miriam Belchior, seus assessores já haviam mobilizado o Ministério dos Transportes em busca de informações sobre a situação da ponte. Com certeza já haviam ecoado por lá os protestos do governo boliviano, interessadíssimo em conquistar simpatias em um departamento historicamente oposicionista, como o de Beni. Daí a satisfação do senador Raupp com os resultados do encontro, que não chegaram porém a ser divulgados

     
    O certo é que o senador participa hoje e amanhã do encontro bilateral que se realiza no lado boliviano em Guayaramerin com bala na agulha, pronto para sair de lá com seu crédito totalmente recuperado em meio ao eleitorado do lado de cá, que assegurou uma vitória retumbante nas urnas não apenas a ele, mas ao governador Confúcio Moura e à deputada Marinha Raupp. E a recuperação de sua imagem passa pela consolidação do projeto da ponte sobre o rio Mamoré e, claro, pela confirmação do início das obras de recuperação da BR-425, prevista ainda para este ano. Alvíssaras. 
     
     

     

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  • Postado por: Carlos Henrique
    Data: 19/11/2013

    Ministro pede cassação de Cassol,
    Donadon e dos mensaleiros presos.
    E garante que Lula sabia de tudo
     
    Anda dura a vida do presidente da CUT, Itamar Ferreira, que comanda por aqui o trabalho de selecionar, na imprensa e nos colunistas que frequentemente condena, aí incluído este modesto blogueiro, trechos que interessam ao PT, agora empenhado em demonizar o ministro Joaquim Barbosa de forma a abortar uma eventual candidatura nascitura. E o faz com tal empenho que acaba por comprometer os resultados e dar um tiro no próprio pé, coisa aliás típica de seu partido, para citar apenas o caso do mensalão. Por recomendação/desafio do próprio Itamar li a entrevista do ministro Marco Aurélio Melo, do STF, ao jornalista Josias de Souza, da Folha/SP, que agora reproduzo na íntegra, comme il faut.
     
    Não acredito que meu amigo petista tenha deliberadamente omitido, em uma tentativa de desinformar os leitores, os demais trechos da entrevista. Ele apenas salientou o que lhe interessava para perguntar: “E agora, o que me dizem os fãs que idolatram Joaquim Barbosa? Do ministro Marco Aurélio pode-se dizer muita coisa, menos que seja petista”. Ele destaca o trecho em que o ministro diz que os réus do mensalão tiveram direitos desrespeitados, mas omite a parte na qual o ministro disse acreditar que Lula sabia da existência do mensalão. A razão está na orientação do comando nacional da sigla, que vê na eventual candidatura de Joaquim Barbosa a decretação de segundo turno para as eleições de 2014.
     
    Na entrevista o ministro defende a cassação dos deputados condenados e falou sobe a situação de Ivo Cassol e Natan Donadon, que a seu ver já deveriam ter perdido o mandato, já que condenados por improbidade, perderam os direitos políticos. “Eu não posso imaginar - disse Marco Aurélio - que alguém atilado como é o ex-presidente Lula, safo como eu disse, não tivesse conhecimento do que estava ocorrendo na República”. Na versão do delator Roberto Jefferson, Lula teria vertido lágrimas ao ser comunicado por ele da existência do esquema. Em entrevista ao blog, Marco Aurélio levou o pé atrás: “Será que durante os oito anos [de mandato] ele delegou tanto a chefia do governo?”
     
    Marco Aurélio vai assumir pela terceira vez a presidência da Corte máxima da Justiça Eleitoral. Disse esperar que a Câmara casse os mandatos dos deputados federais condenados no julgamento do mensalão. “Eu não concebo que, em se tratando de um crime contra a administração pública, vindo à tona uma decisão condenatória, o condenado continue exercendo o mandato político.”
     
    O ministro realçou que uma das consequências da execução da pena é “a suspensão dos direitos políticos” do condenado. “Logicamente, quem está com os direitos suspensos não pode exercer o mandato”, enfatizou o entrevistado. Marco Aurélio reconheceu que houve uma “involução” do STF nessa matéria. Ao julgar outro processo, envolvendo o senador Ivo Cassol (PP-RO), o tribunal entendeu, por 6 votos a 5, que não cabe ao Judiciário “declarar a perda do mandato político”. Ainda assim, ele defende a cassação automática.
     
    Para Marco Aurélio, não caberia à Mesa diretora da Câmara senão “constatar o fato, conferir a documentação do fato e, diante de uma decisão do Supremo, simplesmente proclamar a perda” do mandato. “Nós temos o exemplo [de Natan Donadon que, condenado a 13 anos, continua ainda titular do mandato”, afirmou o ministro antes de manifestar sua expectativa de que a Câmara não irá permitir que se forme uma bancada da Papuda. “A cobrança da sociedade, ante o acompanhamento da imprensa, é muito rígida. E o nosso Congresso está a dever satisfações à sociedade.”
     
    Instado a comentar a nota em que o PT criticou o julgamento do mensalão e as afirmações dos petistas José Dirceu e José Genoíno de que são “presos políticos”, Marco Aurélio afirmou: “É o direito de espernerar. Condenados nunca ficam satisfeitos com condenação.” Segundo ele, o STF chegou às condenações guiando-se exclusivamente pelas provas. “Não houve ficção jurírica.” Lembrou que a maioria dos ministros do Supremo “foi nomeada pelo governo do PT”. E ironizou: “Há alguma coisa que não fecha nesse sistema.”
     
    Quais serão os efeitos do julgamento do mensalão na sociedade e no comportamento dos políticos?, indagou o repórter. E Marco Aurélio: “A percepção de que a lei é linear, vale para todos.” Afasta-se do cenário, na opinião do ministro, “a sensação de impunidade”. Quanto aos “homens públicos, ficarão um pouco mais espertos. Voltarão os olhos para servir a partir do cargo e não para se servirem do cargo, visando vantagens pessoais.”

    Recordou-se a Marco Aurélio que, enquanto o STF julgava o mensalão, proliferaram os casos de corrupção - a máfia dos fiscais na prefeitura paulistana, as propinas e a a formação de cartel no metrô de São Paulo, os desvios de verbas nos ministérios, por meio de ONGs… Ele afirmou que “muitos julgamentos” como o do mensalão terão de ocorrer para que a corrupção seja inibida.
     
    “Esses são casos que afloraram”, disse Marco Aurélio. “E os que não afloram, que ficam debaixo do tapete, como se costuma dizer?” Otimista, o ministro disse crer que “um dia nós teremos um contexto bem mais sadio em termos de cultura no Brasil.” Avalia que, para que isso ocorra, são essenciais as atuações da imprensa, do Ministério Público, da Polícia Federal e do próprio Judiciário, que precisa atuar “a tempo e modo, pouco importando o envolvido.”
     
    Tomado pelas palavras, o ministro não parece tão otimista quanto ao julgamento dos embargos infringentes, previsto para o ano que vem. Receia que o STF altere condenações pelo crime de formação de quadrilha ao julgar recursos impetrados por réus como José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Deve-se o temor à alteração da composição do tribunal a partir da aposentadoria dos ministros Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto, substituídos por Teori Zavascki e Luíz Roberto Barroso.
     
    A mudança já se materializou no julgamento do processo que envolve o senador rondoniense Ivo Cassol. “Houve uma dispersão de vostos quanto à configuração da quadrilha”, admite Marco Aurélio. Caminha-se para um cenário em que a maioria do plenário pode enxergar mera “coautoria” onde antes via formação de quadrilha. Algo que, na opinião de Marco Aurélio, ateará decepção na opinião pública. “Como cidadão, eu ficarei desapontado” se, “depois de a Corte maior do país ter batido o martelo num certo sentido, vir a dar o dito pelo não dito”, permitindo que condenados como Dirceu migrem “do regime fechado para o semiaberto.”
     
    Conforme já antecipado aqui no início da noite passada, Marco Aurélio fez críticas à maneira como o presidente do STF, Joaquim Barbosa, implementou os primeiros pedidos de prisão do mensalão. “Não havia motivo para o açodamento”, declarou. “Eu teria aguardado a segunda-feira, sem dúvida alguma”. Estranhou a transferência dos presos de São Paulo e Belo Horizonte para Brasília. “Para quê? Para depois eles retornarem à origem?”
     
    O ministro desaprovou também a demora no envio à Vara de Execuções Penais do DF das “cartas de sentença”, documentos que detalham a situação de cada preso. E classificou de “impensável” o fato de condenados ao regime semiaberto terem sido presos em regime fechado, ainda que por poucos dias. Noutro trecho da entrevista, Marco Aurélio reiterou suas críticas ao temperamento mercurial de Joaquim Barbosa.
     
    Não podemos permitir que a discussão descambe para o campo pessoal. E foi isso que ocorreu várias vezes. Digo mais: se não houvesse tantos incidentes, nós teríamos terminado esse processo muito antes.” Na sua opinião, falta “urbanidade” a Barbosa. “Hoje, penso que é pacífico que ele não é bom no diálogo”, “não convive bem com a divergência.” Numa autoavaliação, Marco Aurélio disse que aprendeu a lidar a controvérsia na sua própria casa. “Eu sou flamenguista e minha mulher é Fluminense.” 
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  • Postado por: Carlos Henrique
    Data: 18/11/2013

    Terror e guerrilha em RO

    “Todos esses fatos podem ser constatados por qualquer pessoa que ande pelo Vale do Anari, Teobroma, Buritis e Jaru. E tudo sob o olhar complacente das autoridades federais, da igreja e do PT”. Selecionei o comentário entre os muitos enviados por leitores assustados com a realidade do terrorismo praticado pela guerrilha em Rondônia. Um amigo perguntou: “A coisa está assim tão feia?”. Respondi que a realidade é ainda mais nefasta. E que pode muito bem ter o dedo dessa gente militarmente treinada em ações relâmpago nos assaltos a bancos e caixas eletrônicos aqui registrados.

    Os leitores estão certos. Errada está a ministra do meio ambiente, Izabella Teixeira, que disse “lamentar” a morte do policial da Força nacional em Rio Pardo e considerou “inaceitável” o episódio e que quer entender a circunstância em que tudo aconteceu. Está errada porque seu governo sabe exatamente o que está acontecendo ali. E engana-se ao reduzir a morte a um mero caso isolado. Não foi. As mortes naquela região podem ser contadas às dezenas, um problema que tem origem na própria leniência governamental, a tal ponto cúmplice do movimento dos sem terra e congêneres que o governo Dilma/Lula pode até mesmo ser responsabilizado criminalmente por isso.

    Engana-se ainda o repórter Fernando Moreira, do site Buritinews ao imaginar que o tipo que matou o policial pode ter partido de uma das munições deflagradas pelo fogo na viatura. O vídeo mostra que os manifestantes não portavam armas de fogo. Mas aqueles que moblizaram a manifestação não aparecem. E certamente terá sido daí o tiro. Análises preliminares indicam que a bala é de uma arma calibre 38. Um manifestante foi detido por porte de um revolver desse calibre e em sua casa foram encontradas munições, pólvora e uma garrucha. Mas a polícia encontrou também um binóculo e rádios, o que, convenhamos não são exatamente equipamentos de um camponês pobre.

    LCP culpa autoridades

    O vídeo, gravado e distribuído por Fernando Moreira, mostra o que aconteceu no local e desmente a nota oficial publicada pela LCP. Fica claro que o que se esperava daquilo tudo seria uma reação violenta dos policiais, com tiros e morte de manifestantes. A LCP esperava obter ali alguns caixões para exibir seus “mártires” da luta pela terra. Os guerrilheiros devem ter ficado decepcionados com o que esperavam ser uma nova Corumbiara. A nota começa por explicar a situação do ponto de vista da guerrilha, que usa e manipula com naturalidade a situação das famílias instaladas na flona de Bom futuro em defesa dos próprios interesses.
     
     A nota lembra que o distrito de Rio Pardo fica a 350 km de Porto Velho, porém seu principal acesso é pela cidade de Buritis a cerca de 100 Km. E diz que é uma região de intensos conflitos agrários com dezenas de assassinatos de camponeses registrados nos últimos anos. “Em todos estes conflitos a atuação da justiça e polícia é sempre para defender os interesses dos grandes latifundiários grileiros de terras e contra as famílias camponesas da região”.
      
    E garante que os camponeses se defenderam com rojões, pedras e paus, como mostra o vídeo. Mas atribui a morte do policial a “um suposto disparo acidental”.  Dá para imaginar o que teria acontecido se vítima fosse um dos invasores. O cadáver insepulto estaria desfilando por todo o estado até agora.
     
     
    O futuro de Barbosa

     

     Elio Gaspari comentou na Folha que “na sessão de quarta-feira do STF Joaquim Barbosa disse que até dezembro haverá um pedido de aposentadoria de ministro da corte. Pelo calendário, não haveria. O decano Celso de Mello só completará 70 anos em novembro de 2015. Se Barbosa se referia à própria aposentadoria precoce, o calendário eleitoral informa que até abril ele poderá decidir se entra na disputa da eleição presidencial, pois os juízes têm um prazo especial para desincompatibilizações. Se não disputar o Planalto, estará preso à lei que exige um ano de domicílio eleitoral no Estado onde pretende disputar um cargo. Como seu domicílio está no Rio, só poderá concorrer no Rio. Joaquim Barbosa disputando o Palácio Guanabara ou uma cadeira de senador animaria a campanha do Estado”.
     
    Deu no Alerta Total
     
    Dilma Rousseff não quer que o Mensalão e outros escândalos ainda menos votados (como os que podem estourar na Petrobrás e Eletrobrás) afetem sua campanha reeleitoral. Por isso, além da súbita e imediata prisão dos mensaleiros (onde se enxerga a evidente impressão digital do Palhaço do Planalto), a primeira grande vítima do processo de “limpeza antecipada de área” é o ex-presidente da Petrobras. José Sérgio Gabrielli será preterido na sonhada disputa ao governo da Bahia.
      
    Os marketeiros de Dilma temem que a candidatura Gabrielli, numa sempre sangrenta campanha ao Palácio Rio Branco, crie problemas diretos ao governo federal. Adversários já teriam um arsenal de denúncias contra Gabrielli na Petrobras. Investidores da estatal de economia mista já têm várias ações judiciais em andamento e outras engatilhadas contra atos de gestão dele que, claramente, feriram os princípios de governança corporativa e produziram bilhões em prejuízos.
      
    Por isso, detonando antecipadamente Gabrielli, os petistas baianos devem optar pela candidatura de Rui Costa, atual chefe da casa civil de Jaques Wagner, ou pelo senador Walter Pinheiro, que corre por fora. Gabrielli ainda ameaça rodar a baiana, esta semana, em uma reunião que terá com seu padrinho Luiz Inácio Lula da Silva. Mas ele sabe que Lula pode interferir pouco no confuso PT baiano. E a fritura dele em azeite político de dendê causará fraturas graves que podem atrapalhar a manutenção do PT no poder na Bahia.
     
     
    A ordem no governo é aproveitar a onda carnavalesca com a prisão dos mensaleiros – que ano que vem facilmente cairá em esquecimento – para, de imediato, evitar que outros escândalos ganhem destaque. Um alvo direto a ser blindado é o ministro Guido Mantega. Primeiro, evitando uma repercussão maior do escândalo em que dois assessores dele teriam recebido um mensalinho de R$ 60 mil por renovar um contrato de assessoria de comunicação. Segundo, impedindo que sigam adiante investigações na Petrobrás, onde Mantega é presidente do Conselho de Administração e dá as cartas junto com o diretor financeiro, Almir Barbassa. 
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  • Postado por: Carlos Henrique
    Data: 14/11/2013

    Autoridades dizem que não, mas existe 

    Guerrilha em Rondônia
    Baldelaire advertia quer a maior esperteza do diabo é convencer a todos de que ele não existe. É a mesma tática adotada há anos pelos guerrilheiros da LCP

     
    A notícia sobre troca de tiros entre policiais federais e milicianos fortemente armados da Liga dos Camponeses Pobres – nome fantasia do grupo guerrilheiro há anos instalado na região  de Buritis foi novamente negada hoje pela manhã pelo tenente coronel Ênedy Dias de Araújo, comandante do 7º BPM. Na verdade, houve o tiroteio, envolvendo um comboio da Polícia Federal, Polícia Militar, Ibama e Força Nacional de Segurança, que foi atacado quando retornava de uma operação de retirada de invasores da Floresta Nacional de Bom Futuro em Rio Pardo, distrito de Buritis.
     
    Várias prisões foram efetuadas, mas o comboio foi emboscado quando deixava o local. Uma ponte foi incendiada e todo o grupo foi cercado pela milícia em uma intensa troca de tiros. Os policiais, cerca de 40 homens, foram obrigados a sair à pé e acabaram cercados pelo grupo armado. Eles permanecem no local à espera de reforços. O enfrentamento evidencia a disposição do movimento de reagir violentamente contra a tentativa de desocupação na área onde está instalada a LCP. Os guerrilheiros, que sempre fugiam para o mato, parecem dispostos a finalmente mostrar sua força e partir para uma situação de confronto.
     
    Perto de completar seis anos, a reportagem publicada pela revista Isto É na edição de  02/03/2008 só não permanece atualizada porque a situação agravou-se enormemente no período. As autoridades desviam o olhar para não enfrentar a realidade. O Incra, segundo os próprios funcionários, continua fornecendo cestas básicas para os guerrilheiros, enquanto a maioria está cadastrada no bolsa família, apesar dos lucros auferidos com a venda das terras de pequenos sitiantes e posseiros “expropriadas” para a chamada “reforma agrária na marra”.
     
    Os moradores são expulsos de suas terras sob ameaça de morte, mas não conseguem se livrar do medo. Os guerrilheiros ameaçam caçá-los aonde quer que estejam caso procurem a Polícia. Saem quase somente com a roupa do corpo e alguns pequenos pertences das terras nas quais trabalharam por décadas. Fogem sem nem mesmo poderem desabafar com alguém, pois mesmo algum vizinho ou parente que escute sua história acaba arriscando a vida. A lei do silêncio impera na região. As autoridades fingem desconhecer, os políticos mudam de assunto por medo de perder votos na área e as vítimas se calam, depois da citação pelos bandidos da relação de amigos, parentes e conhecidos por eles assassinados.
     
    A Igreja, pela voz da Pastoral da Terra, jura por Deus que isso não existe.  Charles Baudelaire já dizia que “O truque mais esperto do diabo é convencer-nos que ele não existe”. A guerrilha, por enquanto, está conseguindo isso no estado. Leia a reportagem publicada pela Isto É:
     
    O Brasil tem guerrilha

     

    Isto É - março de 2008 – Jornalistas entram na base da Liga dos Camponeses Pobres, um grupo armado com 20 acampamentos em três Estados, que tem nove vezes mais combatentes que o PCdoB na Guerrilha do Araguaia e cujas ações resultaram na morte de 22 pessoas no ano passado

     
    O barulho de dois tiros de revólver quebrou o silêncio da noite na pacata comunidade rural de Jacilândia, distante 38 quilômetros da cidade de Buritis, Estado de Rondônia. Passava pouco das 22 horas do dia 22 de fevereiro quando três homens encapuzados bloquearam a estrada de terra que liga o lugarejo ao município e friamente executaram à queima-roupa o agricultor Paulo Roberto Garcia. Aos 28 anos, ele tombou com os disparos de revólver calibre 38 na nuca. Dez horas depois do crime, o corpo de Garcia ainda permanecia no local, estirado nos braços de sua mãe, Maria Tereza de Jesus, à espera da polícia. Era o caçula de seus três filhos. Um mês depois do assassinato, o delegado da Polícia Civil de Rondônia que investiga o caso, Iramar Gonçalves, concluiu: "Ele foi assassinado pelos guerrilheiros da LCP."
    A sigla a que o delegado se refere, com estranha naturalidade, quer dizer Liga dos Camponeses Pobres, uma organização radical de extrema esquerda que adotou a luta armada como estratégia para chegar ao poder no País através da "violência revolucionária". Paulo Roberto foi a mais recente vítima da LCP, que, sob a omissão das autoridades federais e o silêncio do resto do Brasil, se instalou há oito anos na região e, a cada hora, se mostra mais violenta. Apenas em 2007, as operações do grupo produziram 22 vítimas - 18 camponeses ou fazendeiros e quatro guerrilheiros. Amplamente conhecidos em Rondônia, os integrantes da LCP controlam hoje 500 mil hectares.
    Estão repartidos em 13 bases que se estendem de Jaru, no centro do Estado, às cercanias da capital Porto Velho, se alongando até a fronteira com a Bolívia, região onde eles acabaram de abrir uma estrada. O propósito dos guerrilheiros seria usá-la como rota de fuga, mas, enquanto não são incomodados nem pela Polícia Federal nem pelo Exército, a trilha clandestina está sendo chamada de transcocaineira - por ela, segundo a polícia local, passam drogas, contrabando e as armas da guerrilha.  

    ÁREA PROIBIDA

    A nenhuma dessas colônias o poder público tem acesso. Sob o manto da "revolução agrária", a LCP empunha as bandeiras do combate à burguesia, ao imperialismo e ao latifúndio, enquanto seus militantes assaltam, torturam, matam e aterrorizam cidades e zonas rurais nessas profundezas do Brasil. Encapuzados, armados com metralhadoras, pistolas, granadas e fuzis AR-15, FAL e AK-47 de uso exclusivo das Forças Armadas, eles já somam quase nove vezes mais combatentes que os 60 militantes do PCdoB que se embrenharam na Floresta Amazônica no início dos anos 70 na lendária Guerrilha do Araguaia. "A Colômbia é aqui", diz o delegado Gonçalves, numa referência às Farc.

     
      
    NO CORAÇÃO DA GUERRILHA Armado de AR-15, policial entra em território dominado pela LCP e uma barreira que proíbe o acesso ao centro de treinamento militar. "Não dá para observá-los, mas estamos sob sua mira", diz à reportagem de ISTOÉ um sargento da PM de Rondônia

     A reportagem de ISTOÉ entrou nessa área proibida. No distrito de Jacinópolis, a 450 quilômetros de Porto Velho, bate o coração da guerrilha. Segundo o serviço secreto da Polícia Militar de Rondônia, é ali que está o campo de treinamento. "Nem com 50 homens armados eu tenho coragem de entrar na invasão deles", admite o delegado. Caminhar pelas hostis estradas enlameadas é como pisar em solo minado. A todo momento e com qualquer pessoa que se converse, o medo de uma emboscada é constante.

    Os militantes adotam as táticas de bloqueio de estradas e seqüestro das pessoas que trafegam pela área sem um salvo-conduto verbal liberado pela LCP. "É a forma de combater as forças inimigas", escreveram eles num dos panfletos que distribuíram na região. "Esses bandoleiros foram muito bem treinados pelos guerrilheiros das Farc", revela o major Enedy Dias de Araújo, ex-comandante da Polícia Militar de Jaru, cidade onde fica a sede da Liga.
    Para se chegar à chamada "revolução agrária", dizem os documentos da LCP aos quais ISTOÉ teve acesso, a principal ação do grupo é pôr em prática a chamada "violência revolucionária". E, para os habitantes locais, essa tem sido uma violência fria e vingativa. No caso da sua mais recente vítima, o que a LCP fez foi uma execução sumária, após um julgamento interno suscitado pela desconfiança sobre o real propósito da presença de Paulo Roberto Garcia na região. "Eles acreditam que o rapaz era um agente infiltrado como agricultor e não tiveram dúvida em matálo", disse o delegado. Dos 22 mortos de 2007, quatro eram fazendeiros e 14 eram funcionários das fazendas, que a liga camponesa classifica como paramilitares. Na parte dos guerrilheiros, quatro foram enterrados - assassinados em circunstâncias distintas por jagunços das fazendas da região.
    Além de matar, a LCP é acusada pela polícia de incendiar casas, queimar máquinas e equipamentos e devastar a Floresta Amazônica. Os moradores da comunidade onde vivia Garcia não sabem o que é luta de classe, partido revolucionário e muito menos socialismo. Mas eles sabem muito bem que, desde a chegada da LCP naquelas bandas, a morte matada está vencendo a morte morrida.
     
    ALERTA NA SELVA

     Só quem consegue transitar livremente no território da guerrilha são os caminhões dos madeireiros clandestinos, que pagam um pedágio de R$ 2 mil por dia à LCP para rodar nas estradas de terras controladas pela milícia. Em troca do pedágio, os guerrilheiros dão segurança armada aos madeireiros para que eles possam roubar árvores em propriedades privadas, áreas de conservação e terras indígenas. São terras que a LCP diz ter "tomado" - e o verbo tomar, no lugar de "invadir" ou "ocupar", como prefere o MST, não é mera semântica, mas uma revelação do caráter belicoso do grupo. "A falha é do Exército brasileiro, que deixa esses terroristas ocuparem nossa área de fronteira", acusa o major Josenildo Jacinto do Nascimento. Comandante do Batalhão de Polícia Militar Ambiental, Nascimento sente na pele o poder e a arrogância desse bando armado.

    No ano passado, eles derrubaram uma base militar da Polícia Ambiental dentro de uma unidade de conservação e seqüestraram seus soldados. "A tática utilizada pela LCP para as emboscadas é certeira", admite um dos militares, mantido preso por sete horas. "Como são estradas de terras, no meio da floresta, eles derrubam árvores, que fecham o caminho. Quando as pessoas descem do carro para retirar a tora, são rendidas", diz E. S., militar da Polícia Ambiental, que recorre ao anonimato para se proteger. "Essa guerra é um câncer que está se espalhando pelo Estado", alerta Nascimento.
    Assim como consta nos panfletos da Liga, os guerrilheiros postam homens em bases nos morros com binóculos e rojão para anunciar a "invasão" de sua área por "forças inimigas". Depois de sermos monitorados de perto por grupos de motoqueiros, durante os 38 quilômetros que levamos uma hora e meia para percorrer no território dominado pela LCP, ouvimos uma saraivada de rojões anunciando nossa presença. Estávamos próximos a uma base. O alerta serve também para que os homens armados se infiltrem na mata ocupando as barricadas montadas com grandes árvores nas cercanias dos acampamentos.
    "O fato é que não dá para observá-los, mas estamos sob sua mira", adverte o militar da Polícia Ambiental que nos acompanha. Na verdade, a PM Ambiental é a única força do Estado cuja presença ainda é tolerada pela guerrilha. A explicação é simples: com apenas oito agentes para cuidar de quase 900 mil hectares naquela região, eles não representam ameaça ao grupo. Antes, serão presas fáceis se assim os militantes o desejarem.
    A BASE

    Logo que o barulho dos rojões reverbera na imensidão da selva, as mulheres e crianças vestem seus capuzes e assumem a linha de frente. Quando se chega ao topo de um morro, depois de passar por uma barricada construída com o tronco de uma imensa árvore com a inscrição da Liga, avista-se uma bandeira vermelha tremular na franja de um acampamento de casas com cobertura de palha. Pouco tempo depois, outra barricada e chega-se a uma parada obrigatória. Do outro lado da porteira, transcorreu o seguinte diálogo com uma trupe maltrapilha, encapuzada e arredia.

    - O que vocês vieram fazer aqui? - disse um nervoso interlocutor mascarado.
    - Somos jornalistas e queremos saber o que vocês têm a dizer sobre a reforma agrária e a Liga dos Camponeses Pobres.
    - Podem ir embora, não temos nada a dizer. Vocês só atrapalham.
    - Quantas famílias estão nesta invasão?
    - 300.
    - Podemos falar com o líder de vocês?
    - Aqui não existe líder, todos somos iguais. 
    - Por que vocês ficam mascarados?
    - A máscara é nossa identidade.
    - Vocês acreditam que podem fazer uma revolução?
    - Não temos que dar satisfações à imprensa burguesa.
    - De quem vocês recebem apoio?
    - Não interessa.
    - Podemos entrar no acampamento?
    - De forma alguma. Vão embora daqui!
    Com colete à prova de balas sob a camisa, saímos da porteira do acampamento por uma questão de segurança e voltamos a percorrer de carro, numa estrada precária, mais uma hora e meia até o primeiro ponto de pedágio da LCP. "No ano passado, fomos presos por eles, éramos oito militares e eles tinham mais de 50 homens armados com metralhadoras", conta o sargento da tropa. "Não tem jeito, para resolver o problema com esse bando só com uma ação conjunta do Exército, da Polícia Federal e das forças do Estado."
     
    Ao voltar da área dominada pela LCP, fica claro, nas reservadas conversas com alguns poucos moradores dispostos a contar algo, que o terror disseminado pela guerrilha se mede pelo silêncio dos camponeses. Os revoltosos controlam a vida das pessoas, além de investigar quem é quem na região. Quem não "colabora" com eles - fornecendo dinheiro, gado ou parte da produção - vira alvo de ataques covardes. Histórias de funcionários das fazendas da região que foram colocados nus sobre formigueiros ou que apanharam até abandonar o local estão muito presentes na memória dos moradores. As torturas praticadas pelos bandoleiros contra trabalhadores rurais dificultam até contratação de mão-de-obra na região.
    "Ninguém quer trabalhar mais na minha fazenda", admite Sebastião Conte, proprietário de 30 mil hectares de terra. Ele teve parte de sua terra "tomada" há dois anos pela LCP, a sede da fazenda foi queimada, assim como seus tratores, alojamentos e área do manejo florestal. O fazendeiro, acusado pela Liga de ser um latifundiário, é prova de que o terror da guerrilha é igual para todos. Segundo ele, nos últimos dois anos, teve que enterrar três de seus funcionários. "Todos eles assassinados barbaramente", diz Conte. "Estou pedindo socorro. Não sei mais a quem recorrer."
    Longe de lá, na cidade de Cujubim, os trabalhadores rurais empregados das fazendas não dispensam o porte de armas. "Aqui ou você anda armado ou está morto", diz M.L. O capataz da fazenda e seu filho já perderam a conta de quantas vezes trocaram chumbo com os mascarados que tentam invadir a fazenda. Tratados como paramilitares, os funcionários das fazendas são, depois dos fazendeiros, os alvos prediletos dos ataques da Liga. Nelson Elbrio, gerente da Fazenda Mutum, teve o azar de cair nas mãos da "organização". Ele foi rendido exatamente como os militares da Polícia Ambiental e ficou preso sob a mira de uma arma por seis horas.
    "Assim que eu fiz a curva na estrada dei de cara com uns 15 homens encapuzados e fortemente armados. Eles me tiraram do carro e a partir daí vivi um inferno", conta Elbrio. "Eles queriam que eu revelasse os segredos da fazenda: quantas pessoas trabalhavam lá, depósito de combustível, se tinha seguranças armados." O sofrimento do funcionário se estendeu até o final da tarde, quando o grupo o arrastou até a sede da fazenda, dando tiros de escopeta próximo a seu ouvido. Em seguida, o obrigaram a assisti-los incendiando a propriedade e os tratores. "Nunca mais dormi bem", diz Elbrio.
    Com a morte à espreita, o medo transformou distritos inteiros em zonas despovoadas - verdadeiras vilas fantasmas - e criou uma massa de gente refugiada de sua própria terra, expulsa pela guerrilha. Em Jacilândia, das 25 casas de madeira da única rua do distrito, só oito estão habitadas. Até a igreja fechou suas portas. "O povo foi embora com medo dos guerrilheiros", conta um dos moradores, um ancião que só admite a entrevista sob o anonimato. "Aqui não podemos falar nada. Para ficar de pé tem que se aprender a viver", diz o velho agricultor. O silêncio e o abandono das terras são a mais dura tradução desse novo modo de viver. Maria, a mãe do agricultor assassinado, não esperou a missa de sétimo dia do caçula. Deixou para trás os 100 hectares, onde tinha 100 cabeças de gado e a casa recém-construída. Partiu para um lugar ignorado, sob a proteção de outro filho.
    O SILÊNCIO

     

    Naquele pedaço de terra, os poucos que, apesar de tudo, permanecem na área não têm rostos ou nomes. Quando interrogados pela polícia na apuração dos crimes, eles se tornam também cegos e surdos. "Não existe testemunha de nada", reclama o delegado Gonçalves. A razão das infrutíferas apurações policiais é que os insurgentes presos são facilmente liberados pela Justiça. "Como eles usam a tática guerrilheira do uso de máscaras em suas ações, nós ficamos de mãos atadas para puni-los. Nunca se sabe quem de fato matou", queixa-se o delegado.
     
     As únicas lideranças da LCP a enfrentar a prisão por causa de assassinatos foram Wenderson Francisco dos Santos (Russo) e Edilberto Resende da Silva (Caco), que se encontra foragido. Os dois foram acusados de participar do assassinato do trabalhador rural Antônio Martins, em 2003. Russo foi absolvido em primeira instância e os promotores recorreram da decisão ao Tribunal de Justiça.
     
      MEDO OU CAUTELA? - "Nem com 50 homens armados eu tenho coragem de entrar nas terras deles", diz o delegado Gonçalves

     

    A ABIN SABE

    Essa tensão é o pano de fundo de uma guerra psicológica que os ideólogos da organização avaliam como a ideal para que a área seja abandonada pelos fazendeiros. "A melhor forma de desocupar a área é destruindo o latifúndio", nos disse um dos mascarados, chamado de Luiz por um colega. Na lógica da LCP, os fazendeiros têm que tomar prejuízo sempre, senão eles não abandonam a terra. À frente de 300 famílias da invasão da Fazenda Catanio, uma propriedade de 25 mil hectares, o guerrilheiro Luiz defende o confisco do gado para matar a fome dos invasores e considera que a "tomada" de terra é a forma legal de fazer uma "revolução agrária". "Se esperarmos a Justiça, ficaremos anos plantados aqui", diz ele.

    A audácia dos militantes da LCP é tanta que no ano passado mais de 200 deles marcharam encapuzados pelas ruas do município de Buritis, a 450 quilômetros de Porto Velho, até parar na porta da delegacia, onde exigiram a saída do delegado Gonçalves da comarca. Motivo: ele tinha prendido um dos líderes da facção guerrilheira. Não satisfeitos, os bandoleiros bateram às portas do Ministério Público e da Justiça exigindo que os titulares dos órgãos também se afastassem.
    O fato foi reportado ao Ministério da Justiça, ao presidente Lula e ao governo estadual. Até agora, não houve nenhuma resposta. "Ninguém leva a sério nossas denúncias. Eles pensam que estamos brincando, que a denúncia de guerrilha é um delírio", indigna-se o delegado Gonçalves. "Isso vai acabar numa tragédia de proporções alarmantes, e aí sim vão aparecer os defensores dos direitos humanos", critica ele. É exatamente nessa desconsideração das denúncias de promotores, juízes e militares que a Liga ganha força e cresce impunemente.
    Tão trágica quanto o terror que esse grupo armado impõe às comunidades rurais é o fato de os governos estadual e federal saberem da existência desse bando armado - e não fazerem nada. Segundo o Dossiê LCP, um relatório confidencial da polícia de Rondônia, com 120 páginas, encaminhado em dezembro passado à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ao Exército e ao Ministério da Reforma Agrária, o grupo armado, além de cometer todo tipo de barbaridade, é financiado por madeireiros ilegais.
    Conforme o documento, a LCP controla uma área estimada em 500 mil hectares, onde doutrina mais de quatro mil famílias de camponeses pobres espalhadas por mais de 20 assentamentos da reforma agrária distribuídos pelos Estados de Minas Gerais, Pará e Rondônia. "Eles estão na contramão do que é contemporâneo. Mas, de fato, formaram um Estado paralelo", entende Oswaldo Firmo, juiz de direito da Vara especializada em Conflito Agrário do Estado de Minas Gerais.
    FORÇA-TAREFA

     Documentos em poder de ISTOÉ comprovam que as autoridades federais têm feito ouvidos de mercador para o problema. No dia 11 de janeiro de 2008, o ouvidor agrário do governo federal, desembargador Gercino José da Silva Filho, acusou o recebimento das denúncias encaminhadas a ele sobre as ilegalidades cometidas por integrantes da Liga dos Camponeses Pobres. Mais uma vez, nada foi feito. "Eles dizem que sabem de tudo, mas cadê a ação?", questiona o major Nascimento, comandante da Polícia Militar Ambiental de Rondônia.

    "Essa situação aqui só será resolvida em conjunto com outras forças militares", admite o major. Foi o que aconteceu no Estado do Pará, em novembro passado, na chamada Operação Paz no Campo, quando uma ação envolvendo o Exército, as polícias civil e militar e a Polícia Federal desocuparam um acampamento da LCP na Fazenda Fourkilha, no sul do Estado. Com dois helicópteros, 200 homens e 40 viaturas, a força-tarefa cercou o local, prendeu cerca de 150 militantes e recolheu um verdadeiro arsenal de guerra. "Precisamos da mão forte do Estado. Aqui somos tratados como cidadãos marginais".

      

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  • Postado por: Carlos Henrique
    Data: 13/11/2013

    Greve de caminhoneiros
    pode paralisar Rondônia
     
    Um megaprotesto de caminhoneiros, que prometem superlotar Brasília no feriadão de 15 de novembro, pode ser o estopim de uma grande dor de cabeça para os estrategistas reeleitorais de Dilma Rousseff. O inevitável aumento dos combustíveis pode acender o barril de pólvora. E o desenrolar desse filme Rondônia conhece e será novamente afetada violentamente por seus resultados. Dependente quase exclusivamente do modal rodoviário, o estado é fortemente penalizado a cada ocorrência de movimentos paredistas dos caminhoneiros, com o recorrente risco de desabastecimento e escoamento da produção. Amazonas e Acre também serão fortemente afetados ainda que o movimento não se estenda por longo tempo.
     
    Embora a vitória de Dilma em outubro do ano que vem seja bem provável, pelo menos a considerar o que dizem os discursos de propaganda, na vida real o processo tende a ser complicado por protestos ruidosos e insatisfações setoriais com a gestão da política econômica – na qual alguns indicadores futuros são bastante negativos. O mais assustador deles é o descontrole das contas. A trilionária dívida pública – formada por muitos gastos sem qualidade, desperdício e bastante corrupção – cresce cada vez mais, gerando lucros apenas para a usura dos bancos. O problema tende a se agravar com o aumento dos juros, justificado pelos burocratas para segurar uma inflação do mundo real que é bem maior que os 6,50% da meta (estourada) do governo. A tendência é que a turma de Dilma aposte na solução de sempre, mas que nada resolve: um aperto fiscal que fará a economia crescer menos ainda.
     
    A grande chance de Dilma para 2014, segundo análise de Alerta Total,  é a falta de força dos adversários. Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) não têm popularidade suficiente para decolar na campanha. Além disso, as supostas soluções que apresentam para os problemas do Brasil são muito parecidas com as do PT-PMDB, segundo o modelo socialista Fabiano. Os petistas apostam na incompetência da oposição, a cada dia mais claramente demonstrada, especialmente pela fogueira de vaidades que arde entre os postulantes à candidatura – e podem sair ganhando muito com isto.
     
    Por enquanto, a única tática clara da pretensa oposição é o ensaio de ataques ao calcanhar de Aquiles do governo: a complicada situação da Petrobras, focando nos problemas gerados pela gestão José Sérgio Gabrielli. Mas tais ataques não têm apelo popular, embora desestabilizem muitos negócios petralhas - pouco conhecidos do eleitorado. O Presidentro Lula fica apavorado quando pipocam os escândalos na Petrobras.
     
    A estratégia da marketagem oficial é bem clara para o curto prazo. Divulgar “pesquisas” que mostram a força consolidada e o potencial de vitória de Dilma para o ano que vem. Tal trabalho será focado pelas mídias regionais em ação combinada com a militância petista, principalmente a velha máquina sindical. Outra orientação é partir para uma contraofensiva no mundo virtual da internet, onde os petralhas apanham muito. 
     

    Cuidado: você pode estar
     debatendo com um robô
     
    Nas discussões e debates que ocorrem na internet, especialmente no Facebook, é comum aparecer alguém que, à falta de raciocínio lógico e argumentação consistente, tergiversa, tenta ironizar o debatedor ou simplesmente desvia do assunto com – recurso comum -  acusações contra a mídia e as elites. Você leitor, por certo já encontrou pessoas assim, mesmo entre seu grupo de amigos, e fica sem saber o que diabos deu nele. Pois bem: você estava debatendo com um pensador coletivo, que normalmente responde com chavões previamente decorados a qualquer indagação ou argumentação mais incisiva. Foi robotizado pela pregação partidária.
     
    O Pensador Coletivo é uma máquina regida pela lógica da eficiência, não pela ética do intercâmbio de ideias. Você sabe o que é MAV? Inventada no 4º Congresso do PT, em 2011, a sigla significa Militância em Ambientes Virtuais. São núcleos de militantes treinados para operar na internet, em publicações e redes sociais, segundo orientações partidárias. A ideia, segundo texto didático de Demétrio Magnoli, que circula na net, é fabricar correntes volumosas de opinião articuladas em torno dos assuntos do momento.
     
    Um centro político define pautas, escolhe alvos e escreve uma coleção de frases básicas. Os militantes as difundem, com variações pequenas, multiplicando suas vozes pela produção em massa de pseudônimos. No fim do arco-íris, um Pensador Coletivo fala a mesma coisa em todos os lugares, fazendo-se passar por multidões de indivíduos anônimos. Você pode não saber o que é MAV, mas ele conversa com você todos os dias.
     
    - O Pensador Coletivo – continua ele -  se preocupa imensamente com a crítica ao governo. Os sistemas políticos pluralistas estão sustentados pelo elogio da dissonância: a crítica é benéfica para o governo porque descortina problemas que não seriam enxergados num regime monolítico. O Pensador Coletivo não concorda com esse princípio democrático: seu imperativo é rebater a crítica imediatamente, evitando que o vírus da dúvida se espalhe pelo tecido social.
     
    Uma tática preferencial é acusar o crítico de estar a serviço de interesses de malévolos terceiros: um partido adversário, "a mídia", "a burguesia", os EUA ou tudo isso junto. É que, por sua própria natureza, o Pensador Coletivo não crê na hipótese de existência da opinião individual. O Pensador Coletivo abomina argumentos específicos. Seu centro político não tem tempo para refletir sobre textos críticos e formular réplicas substanciais. Os militantes difusores não têm a sofisticação intelectual indispensável para refrasear sentenças complexas.
     
    Você está diante do Pensador Coletivo quando se depara com fórmulas genéricas exibidas como refutações de argumentos específicos. O uso dos termos "elitista", "preconceituoso" e "privatizante", assim como suas variantes, é um forte indício de que seu interlocutor não é um indivíduo, mas o Pensador Coletivo. Ele interpreta o debate público como uma guerra. "A guerra de guerrilha na internet é a informação e a contrainformação", explica o deputado André Vargas, um chefe do MAV.
     
    No seu mundo ideal, os dissidentes seriam enxotados da praça pública. Como, no mundo real, eles circulam por aí, a alternativa é pregar-lhes o rótulo de "inimigos do povo". Você provavelmente conversa com o Pensador Coletivo quando, no lugar de uma resposta argumentada, encontra qualificativos desairosos dirigidos contra o autor de uma crítica cujo conteúdo é ignorado. "Direitista", "reacionário" e "racista" são as ofensas do manual, mas existem outras. Um expediente comum é adicionar ao impropério a acusação de que o crítico "dissemina o ódio".
     
    O Pensador Coletivo é uma máquina política regida pela lógica da eficiência, não pela ética do intercâmbio de ideias. Por isso, ele nunca se deixa intimidar pela exigência de consistência argumentativa. Suzana Singer seguiu a cartilha do Pensador Coletivo ao rotular o colunista Reinaldo Azevedo como um "rottweiler feroz" para, na sequência, solicitar candidamente um "bom nível de conversa". Nesse passo, trocou a função de ombudsman da Folha pela de Censora de Opinião. Contudo, ela não pertence ao MAV.
     
    Os procedimentos estão disponíveis nas latas de lixo de nossa vida pública: mimetizá-los é, apenas, uma questão de gosto. Existem similares ao MAV em outros partidos? O conceito do Pensador Coletivo ajusta-se melhor às correntes políticas que se acreditam possuidoras da chave da porta do Futuro. Mas, na era da internet, e na hora de uma campanha eleitoral, o invento será copiado. Pense nisso pelo lado bom: identificar robôs de opinião é um joguinho que tem a sua graça.

      

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