• Postado por: Carlos Henrique
    Data: 26/06/2025

    Marcos Rocha x Sérgio Gonçalves

     

    Marcos Rocha X Sérgio Gonçalves
    FAÇAM SUAS APOSTAS

    O Governador não quer dialogar com seu vice. Quer explicar que se ele não se afastar, quem sabe para uma vaga no TCE, arrisca-se a desprezar a sorte e perder a passagem do cavalo encilhado. Se a escolha do vice foi realmente uma escolha pessoal, contra a qual todos se manifestaram na ocasião, Marcos Rocha terá cometido um grave erro, que tenta agora corrigir com outro. Ainda que não tenha recebido um só voto, Sérgio Gonçalves foi eleito. E não pode ser tirado do caminho apenas pela vontade de quem afirma tê-lo colocado lá.
     
    Mas não resta alternativa ao chefe do executivo: ou ele afasta o vice ou desiste de concorrer ao Senado e se afasta com ele. Nesse caso, ambos perdem. Ou, melhor, os três perdem – considerada a “inafastável” presença de Júnior Gonçalves, um “tertius”, credenciado como tal exclusivamente à conta da própria opinião. Marcos Rocha sabe que se deixar o governo com o vice irá comer o pão que seu ex-chefe da Casa Civil amassou. Com as mãos - esclareço, antes que algum engraçadinho se manifeste.
     
    A rodada de entrevistas do governador Marcos Rocha tem exibido, para quem usa a cabeça para algo alem de separar as orelhas, um enfadonho, exaustivo e ineficaz exercício de falar tudo sem dizer coisa alguma. Marcos Rocha pode até ter colecionado um vasto material de propaganda do governo de Bibi Netanyahu, coisa certamente disponível em qualquer balcão de hotel ou bunker de seu roteiro turístico em Israel. Nada além de “fortes emoções”.
     
    Nada foi dito – nem poderia, sob pena se confirmar o óbvio – sobre seu relacionamento com o vice-governador. Marcos Rocha, Sérgio Gonçalves, os entrevistadores e até os candirus do Madeira sabem que a entrega do governo ao vice é um “jogo de soma zero”. Refiro-me à equação matemática da Teoria dos Jogos, na qual o ganho de um (Sérgio Gonçalves) é exatamente igual à perda do oponente (Marcos Rocha). Pode acontecer? Só quando eu voltar de Pernambuco...
     
    O teor da “conversa” resume-se a um monólogo: “Ou você sai para o TCE ou sai para nada”. Pelo sim, pelo não, o presidente da Assembleia, Alex Redano, já está em franca campanha para reeleição. Ao governo do Estado. Reconhecido como “cumpridor de acordos”, Redano, ao contrário de Sérgio Gonçalves, é experimentado nas urnas, bom de voto e já leva na bagagem substantivo apoio de Ariquemes e região. Ademais, sua presença no governo poderá impor fidelidade às dezenas de prefeitos que devem favores a Marcos Rocha. Quem, afinal, vai querer se queimar de véspera com alguém que reúne amplas condições de manter-se no cargo?
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