-
Postado por: Carlos Henrique
Data: 07/02/2014Crime e Castigo
Crime e castigoCalma gente, que não sou doido para introduzir Fiódor Dostoiévski nessa conversa fiada diária. Só gigolei o título aí de cima me ocorreu por conta de um debate travado ontem no Facebook a respeito da celeuma em torno da jornalista Raquel Seherazade – a Sherazade brasileira, que protagoniza nossas 1001 noites de terror. Ela virou alvo dos petistas ao justificar a reação do público contra os baderneiros. O Sindicato dos Jornalistas de SP, comandado pelo PT, emitiu nota condenando-a por incitação à violência, embora não tenha dito coisa alguma sobre os quebra-quebras claramente encomendados. O sindicato do Rio também a condenou por “incitação à violência”. O que nós, o povo, pensamos a respeito não interessa.Lamentavelmente, os representantes da categoria, que incensam o censor Franklin Martins em São Paulo, mas não dedicaram uma única linha à descarada demissão de Boris Casoy, engrossam o coro dos que querem a cabeça da bela e competente âncora. Diariamente somos assolados pela violência. A bandidagem não tem mais medo. Ataca diretamente os governantes. Todos os dias pessoas de bem são maltratadas, esculachadas, estupradas, violentadas, sequestradas, assaltadas, e o Estado literalmente alheio em sua capacidade de resposta, salvo quando os direitos humanos são aplicados aos bandidos, como diz Fábio Pereira Ribeiro em seu belo texto sobre o “Sincericídio de Romeu Tuma Jr”.E de nada adianta defender a inversão de maiores recursos em segurança. O dinheiro é realmente pouco, mas existe. Como existem, embora igualmente poucos, recursos para educação, saúde e infraestrutura. O problema é que ele não chega à sua destinação final, dada a necessidade de investimentos em áreas menos nobres. O dinheiro passa por muitas mãos na trajetória do poder à ponta. E cada uma delas tira dele uma lasca para outras prioridades. Quando chega, a verba, que já saiu nem assim tão gorda, está anoréxica.O problema dos políticos está na necessidade de prover cada grupo particular com as boquinhas amealhadas ao longo do mandato. Disso resulta, invariavelmente, o avanço por sobre o tal do erário. E, como mesmo assim falta dinheiro, o indigitado fica praticamente obrigado a recorrer às verbas cuja destinação era outra, como educação, segurança e saúde. Como existe muito macaco prá pouca banana, como dizia Jerônimo Santana, o que sobra acaba insuficiente para atender com benefícios às necessidades do público. Até porque quanto menos fazem mais os governantes são obrigados a investir na mídia para convencer o eleitorado de que fizeram muito, sim senhor.Um exemplo bastante elucidativo é o da ex-senadora Marina Silva, que desfila com como vestal por todo o País, mas tira a fantasia no Acre para apoiar a candidatura do governador Tião Viana à reeleição. É que o seu “grupo” está encastelado no governo do estado e ela precisa, afinal, pagar as contas. É claro que o seu candidato a presidente na chapa em que pelo menos por enquanto figura como candidata a vice, sabe disso. Eduardo Campos sabe que não terá um palanque no Acre. Na verdade, nem na própria candidatura, pelo PV, Marina Silva foi bem em sua terra: o estado preferiu José Serra, que ficou com 52,18% dos votos, contra 23,74% de Dilma Rousseff e apenas 23,58% de Marina.Não é que o santo não faça milagres em casa. É que em casa todo o mundo o conhece e sabe que ele é do pau oco. Basta perguntar, por exemplo, a quem o conheceu, em Rio Branco, quem foi Chico Mendes. Se o entrevistado não for um dos muitos beneficiados eleitoralmente pela exploração de seu cadáver, o que se vai ouvir, no mínimo é que se tratava de um rematado picareta. Transformado em mártir pela mídia a serviço do sindicalismo internacional, das ONGs e interesses afins, o “líder seringueiro” trabalhou mais depois de morto do que jamais fez durante toda a sua vida, basta conferir com o PT de Marina Silva, dos irmãos Viana, de Lula et caterva.O Psicólogo Wagner Dias Caldeira fez uma análise bastante fundamentada no Facebook sobre a barbárie já rotineira do cotidiano brasileiro. Disse que todos estamos cansados de assistir na tevê a ação da criminalidade, mas não existe solução fácil nem explicação razoável, pelo que acredita que a âncora do SBT deveria ter ficado calada.Argumentei que ele demonstra ser profundo conhecedor do assunto, mas me permito considerar que se as autoridades começassem pelo feijão com arroz, combatendo a impunidade, por exemplo, já seria um grande avanço. O público ao qual Sheherazade se dirige também não conhece a prodigalidade de signos que emolduram a questão, mas aplaude a jornalista e já se daria por satisfeito se houvesse mais polícia nas ruas e um rigoroso combate à baderna, que não tem, perdoem, merda nenhuma de democrática. É só baderna e ponto. Gostaria de encerrar o artigo com um singelo “PT saudações e adeus”. Mas tenho medo de que isso não seja possível. Pobre Brasil!ComentárioCarlos Augusto Malty13:23 (Há 5 horas)Carlos Henrique,Bem colocado!!!O dinheiro vai navegando de ministério a ministério, de secretarias a secretarias, e nesta trajetória, "de mãos" em "mãos" e o montante disponibilizado(dinheiro) vai sendo dilapidado até chegar no destino final raquítico, debilitado, encolhido e claro, insuficiente.Aí, eu fico me perguntando, como conseguem fazer tal processo de dilapidação se o montante é contabilizado para um programa específico(ou mais, mas todos contabilizados!), seguindo uma LDO e distribuição orçamentária correlacionada a princípio imutável????Acho que é a mesma mágica que fez o Lula ser incluído na lista de ex-presidentes e afins mais ricos no planeta, afinal o patrimônio pessoal(neste caso só em espécie!) deste cabra sem vergonha, segundo as revistas Forbes e Fortunes que divulgam estas listas é de R$6.000.000.000,00(seis bilhões de reais).Ué?!!?!!! Mas o salário dele enquanto ele foi presidente não era de +/- R$25.000,00? Então como ele nunca precisou gastar nada do próprio bolso, fazendo as contas ele ficou presidente durante 8 anos então é: 8X12X25.000 que dá um total de R$2.400.000,00(dois milhões e quatrocentos mil reais) que ele conseguiu economizar e formar seu patrimônio financeiro pessoal, então de onde saíram os R$5.997.600.000,00 restantes? Honorários de palestras? ou "comissões" do FMI ou das operações de empréstimos que o Brasil(como membro do FMI) fez para alguns países da América do Sul e Central? teve outros países??!!?!!!Só mesmo um parapsicólogo ou radiestesista para responder!!!Abs,Malty

Comente!!