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Postado por: Carlos Henrique
Data: 04/11/2013Nova empresa em Jirau
JMalucelli entra
na obra em JirauConstrutora substitui a Camargo Corrêa em obra de R$ 800 milhõese anuncia a contratação imediata de 3,5 mil operáriosConforme o blogueiro já havia anunciado, azedaram definitivamente as relações entre a Camargo Corrêa e o Consórcio Energia Sustentável do Brasil, controlador da hidrelétrica de Jirau. A construtora vai continuar com a execução dos trabalhos previstos no contrato original, mas não aceita qualquer outra obra. Em função disso, a construtora paranaense JMalucelli assumirá a construção de uma das casas de força da Usina. Após seis meses de negociações, o contrato com a Energia Sustentável, responsável pela usina, foi assinado no início de outubro.A informação foi confirmada por matéria publicada em Valor Econômico, que informa inclusive o montante acordado: R$ 800 milhões - as empresas não divulgam o valor. É o maior contrato da história da construtora, que se prepara para entrar em outros projetos na área de hidrelétricas, portos e terraplanagem. A Camargo era uma das sócias do consórcio que ganhou a licitação de Jirau em 2008, mas vendeu a participação em 2012. Procurada, a Camargo respondeu que "está executando as obras civis da Usina Hidrelétrica Jirau conforme determina o projeto e as condições estabelecidas em seu contrato."Já a Energia Sustentável disse que "por questões empresariais, a JMalucelli assumira a construção de uma das casas de forças, mas a Camargo Corrêia continuará o restante das obras sem maiores problemas". A empresa inicia as obras nos próximos dias e terá 3,5 mil funcionários. A previsão é que seja concluída em dois anos. "O maior desafio será a gestão do número de funcionários, mas estamos tomando todas as providências em termos de alojamento, transportes e alimentação para que tudo ocorra com tranquilidade ", diz Alexandre Malucelli, presidente do grupo.Nos últimos anos, a construtora vem investindo mais no setor elétrico. Depois de começar com o pé esquerdo com duas pequenas centrais hidrelétricas próprias em Goiás - Quixadá e Espora, cuja barragem rompeu em 2008 - ela construiu as hidrelétricas de Mauá e Colíder (PR) para a Copel, com contratos de R$ 400 milhões cada. Atualmente, tem 2,5% do consórcio de construtores de Belo Monte.A próxima ofensiva será a usina de São Manoel (entre MT e PA), que deverá ir a leilão em dezembro. A construtora entrará como parceira no leilão, mas não terá participação no consórcio que fará o lance. "Temos orçado quase todas as hidrelétricas para os mais diversos clientes", afirma o diretor comercial Celso Jacomel Júnior. Além disso, a JMalucelli tem focado em obras de terraplanagem industrial e de rodovias e quer entrar na área de portos participando da concessão do porto de Paranaguá.O fato de ser menor em relação às grandes do mercado tem sido um ponto positivo. "Temos custos fixos menores. Nossa administração é mais enxuta e temos uma engenharia tão boa quanto a de empresas maiores. Quando coloca na balança, a estrutura que eles carregam pode torná-los menos competitivos", afirma Jacomel Júnior.Em seu primeiro ano à frente do grupo - o pai, Joel Malucelli, fundador, deixou a presidência em 2012 após longo processo de sucessão - Alexandre deve atingir crescimento de quase 10%, fechando o ano pouco abaixo de R$ 1,5 bilhão. Das 74 empresas do grupo, só o Paraná Banco tem ações listadas na Bolsa de Valores. Segundo Alexandre, não há previsão para abrir o capital das demais empresas no curto prazo. "Não temos negócios maduros o suficiente ou atrativos para o investidor de bolsa", acredita.

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