• Postado por: Carlos Henrique
    Data: 22/08/2013

    Hélia Piana

     HÉLIA PIANA APOSENTADA

    A ex-primeira dama foi lotada equivocadamente na primeira secretaria da ALE
     
    O esclarecimento me foi enviado ao blogueiro pelo jornalista David Casseb, que informou ter havido um equívoco do DRH da Assembleia ou do Iperon, mas o fato é que a aposentadoria deixou de ser publicada, como deveria, no dia 08 de agosto. Ela não poderia, portando, ter sido relotada, o que teria deixado o deputado Lebrão absolutamente furioso, já que o desgaste caiu naturalmente sobre sua cota de responsabilidade. Casseb esclarece inclusive que a repercussão negativa atingiu ainda mais o parlamentar pelo fato de ser ele o primeiro a procurar moralizar a questão do pessoal naquela Casa.
     
    Esclareço, a propósito, que nada tenho contra o deputado e apenas tenho a aplaudir sua iniciativa de determinar a lotação de todo o pessoal ocioso. Eu acredito. E não tenho como não fazê-lo. Não tenho o poder nem a pretensão de julgar ninguém, nem sou candidato a palmatória do mundo. Apenas apresento os fatos conforme me são fornecidos e devidamente comprovados. É claro que a curiosidade obriga a externar algumas dúvidas.
     
    A primeira: será que Hélia Piana, comprovadamente fantasma desde que seu marido deixou o governo, ficou sabendo de sua aposentadoria e do equívoco da relotação? Outra: seria ela assim tão fantasma que tudo isso aconteceu à revelia de seu conhecimento? Mais uma: será legalmente possível alguém se aposentar à revelia, por alguma espécie de idade-limite? Não creio que ela tenha idade assim tão avançada para ser pega em uma espécie de aposentadoria compulsória, se é que existe previsão para isso na regulação legal dos servidores da Assembleia.
     
    A suposição mais plausível é que o deputado Lebrão deve ter ficado numa verdadeira saia justa com a lotação de tão ilustre fantasma. Há casos em que a atividade parlamentar exige, imagino, alguma flexibilidade na tomada de decisões. Afinal, o marido foi governador e embora seja comprovadamente ruim de votos – sempre foi – ainda tem um monte de amigos influentes. Então?
     
    AS VIÚVAS DE STALIN
     
    Muito sensato, como não poderia deixar de ser, o comentário de Mara Paraguassu a respeito do que foi publicado neste blog sobre a questão indígena. Petista de carteirinha, minha amiga passou ao largo da brincadeira que fiz com o discurso de Vladmir Putin na Duma, para abordar o tema com a seriedade que exige, Ela diz que “o problema, para nós que estamos convivendo diariamente com a discussão da PEC 215, é que não são os interesses da sociedade que estão em jogo quando a fortíssima bancada ruralista quer mudar a Constituição para tirar do Executivo a prerrogativa de demarcar terras indígenas”.
     
    “Ocorre – diz Mara - que os territórios ocupados, bens da União (e que pode decidir no interesse de todos na sociedade) estão em disputa pelos grandes fazendeiros ou gigantes empreendedores do capitalismo porque são o que resta para o mercado se apropriar. Isso é fato. E, no entendimento da Frente Parlamentar Indígena e seus apoiadores, a entrada desses territórios no mercado fundiário é um passo na direção de exterminar os índios. Eu concordo com essa avaliação”.
     
    Feito o registro, acrescento ser forçado a crer que questão é tão importante não pode ter seu debate desviado do parlamento para o Supremo. É claro que, no voto puro e simples, a bancada ruralista ganha de goleada, não importa se trinta, trezentos ou três mil índios sejam levados a ocupar o plenário com tacapes, bordunas ou simples apitaços para se contrapor a ela no grito ou na algazarra. A radicalização, ou mesmo o recurso ao STF, apenas compromete a única forma de se conseguir avançar na direção do entendimento, que é o bom senso.
     
    É preciso negociar um acordo que atenda satisfatoriamente a todos, sem desconhecer o direito dos índios que integram, como eu disse, a nação brasileira, sem contudo demonizar o agronegócio, desconsiderando sua importância para a vida de cada um de nós.  Se o avanço dos produtores rurais sobre áreas indígenas é um crime, os avanços dos demarcadores – antropólogos, sertanistas e principalmente as ongs que controlam a Funai – sobre o território nacional e até mesmo contra nossa soberania são igualmente mereceres de um controle que o governo federal nem de longe consegue exercer. Claro que não é preciso extinguir a Funai. Basta acabar com a farra.
     
     
    CÉUS DE RONDÔNIA
     

    Aplaudi dia desses o Maravilhoso o documentário musical “Céus de Rondônia”. Especialmente porque tira de nosso hino penduricalhos que nada têm a ver, como aquele horrível huhumhuhummm. Disse que alguém precisa tomar a iniciativa de promover as mudanças, absolutamente necessárias, segundo todas as pessoas om as quais conversei. Recebo agora a opinião abalizada de meu amigo Emanuel Fulton Madeira “Lito” Casara. Ele diz que: "De fato meu amigo Carlos Henrique Angelo, não tem coisa que mais me incomoda do que ouvir em solenidades oficiais esse desrespeitoso lalalal lalala. Ou huhumhumhumhum. Isso é introdução ou solo da orquestra”. 
     
    - “Achei muito expressiva a versão interpretada por esse talentoso rapaz Allyson Castro. Foi muito feliz ao compartilhar o canto com o solo de uma guitarra, igualmente expressiva. O teclado fez a base, ou cama, com muita sutileza e respeito a linha melódica e a estrutura harmônica. Ficou lindo, sem dúvida. Contudo, é preciso respeitar a composição original e não perder de vista, ou melhor, de ouvido, a percepção desse dobrado composto para marchar, fazer continência ou ficar em posição de sentido. O hino de Rondônia, belíssima composição musical, é de arrepiar. Tá na hora de gravar um arranjo de qualidade, interpretado por uma orquestra sinfônica de respeito. As gravações que conhecemos são sofríveis."
     
    Ainda não sei se com o arranjo atualmente adotado, mas o Hino de Rondônia está consagrado como símbolo na constituição estadual, juntamente te com as armas e o brasão do estado. Acredito que, nesse caso, talvez seja inclusive necessária uma emenda constitucional para alterar adequadamente o hino, da forma que sugere, com muita propriedade, meu amigo Lito Casara. Quem sabe algum setor governamental como a Secel não possa tomar a iniciativa?
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