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Postado por: Carlos Henrique
Data: 21/08/2013A questão indígena
A QUESTÃO INDÍGENA
E AS VIÚVAS DE STALINAlgumas questões se apresentam em nosso cotidiano com variados graus de importância, embora todas com grande dificuldade de entendimento. Uma delas é o relacionamento entre os poderes. Dia desses, uma crise sem precedentes ameaçou se instalar entre a Câmara Federal e o Supremo, a primeira reclamando, em chiadeira nacional, da absurda quebra da independência entre os poderes da república com a intromissão do STF na decisão da Câmara de não afastar os mensaleiros condenados. Mas os próprios deputados recorrem com frequência ao Supremo exigindo sua intervenção contra questões perdidas no voto, como agora, no caso da PEC 215, que ira do Executivo o poder de decisão sobre a demarcação de terras indígenas.Deputados da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas, liderados pelo nosso deputado Padre Ton e por um dos mais respeitados quadros do PT, o deputado Domingos Dutra (tão bom eu já declarou em entrevista que vai abandonar a vida pública porque seu partido “foi engolido pelo sistema”) foram novamente pedir socorro ao STF. Eles pediram ao ministro do Luís Roberto Barroso que suspenda a tramitação da PEC. Quer dizer que, nesse caso, o judiciário pode intervir sem comprometer a harmonia entre os poderes? E por que não no imediato afastamento de parlamentares já condenados?Assisti dia desses a um debate sobre a questão indígena na TV Câmara, entre os deputados Moreira Mendes e Domingos Dutra. O petista foi literalmente engolido, a ponto de recorrer a chavões como “os índios já estavam aqui quando Cabral chegou”, ou “algumas nações indígenas são nômades e precisam de grandes áreas”. A considerar esse raciocínio, certamente o planalto corre o risco de desapropriação para demarcação de reserva, tamanha a assiduidade com que os índios se instalam por lá. É até divertido considerar que a fauna já está ali bem representada, com cobras, raposas, macacos que pulam de galho em galho, crocodilos, traíras e até uma poderosa anta.Mas a coisa é séria. A predileção das esquerdas pelas minorias é tamanha que chega a fazer com que a tal preocupação com o social se sobreponha aos interesses da sociedade. Mas que ninguém se equivoque: não há qualquer sentimento cristão ou humanitário nisso. É tudo cabalação de votos. Uma federação de minorias devidamente robustecida pela tendência brasileira de torcer pelos mais fracos pode eleger um presidente. Ou enta, se preferirem.O que as viúvas do comunismo soviético precisam entender é que não existe nação indígena, cigana, quilombola, corintiana ou rubro-negra. Existe nação brasileira e o interesse do povo brasileiro como um todo deve prevalecer sempre. Não se pode privilegiar uma minoria oferecendo a ela o que é tirado de todos. Ilustra bem esse raciocínio o discurso proferido este ano na DUMA (parlamento russo) pelo presidente Vladmir Putin, que foi aplaudido de pé por quase cinco minutos, ao avaliar as situações de tensão em relação às minorias vividas naquele país. Disse ele:"Na Rússia vivem Russos.Qualquer minoria, seja ela de onde for, que queira viver, trabalhar e comer na Rússia, deverá falar russo e deverá respeitar as leis russas.Se preferirem a Lei da Sharia, então avisamo-los para irem para os países onde essa seja a lei do estado.A Rússia não tem necessidade de minorias.As minorias é que necessitam da Rússia, e nós não lhes concederemos privilégios especiais, nem tencionamos mudar as nossas leis para ir ao encontro dos seus desejos, não importando quão alto gritarem "discriminação".Será melhor que aprendamos com os suicídios da América, Inglaterra, Holanda e França, se quisermos sobreviver como nação.Os costumes e tradições russas não são compatíveis com a falta de cultura ou os modos primitivos da maior parte das minorias.Quando este honorável corpo legislativo pensar em criar novas leis, deverá ter em mente em primeiro lugar os interesses nacionais, atendendo que as minorias não são russas!!!”Mais claro inpossível. Mas eis outra questão de difícil entendimento: porque jornalistas se recusam a aprender o correto uso da crase? Já falei sobre isso à exaustão (esse à é, sim, craseado). Não se pode confiar no corretor ortográfico e gramatical do Word. Ele não vale nada. Na ignorância, usem o bom senso e não apliquem crase alguma. Pode-se sempre argumentar com o esquecimento. E não fica tão feio. “De quinta à domingo”, pelo amor de Deus, isso não!

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