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Postado por: Carlos Henrique
Data: 07/08/2013Reprodução
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Quem semeia ventocolhe tempestadePela objetividade serena e contundente do raciocínio, permito-me reproduzir, com o devido perdão do autor, e recomendar a leitura deste excelente artigo deValdemir CaldasAté à divulgação da Operação Apocalipse, o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, José Hermínio Coelho (PSD), vivia descendo o relho nos costados de muita gente. Confúcio, Cassol, Raupp e Marcelo Bessa, tornarem-se alvos preferidos da língua afiada de Coelho, que não procurava medir as palavras antes de soltá-las ao vento.
Para Coelho, ninguém presta. Todo mundo é ladrão, corrupto e bandido. Só ele é o mais certinho, o político padrão, o justiceiro do agreste, que veio para Rondônia ensinar aos daqui a difícil arte da política. Mas parece que o feitiço virou contra o feiticeiro.
Agora, depois que seu nome apareceu no meio do furacão, Coelho mudou a estratégia, passando de carrasco à condição de vítima, de estilingue a vidraça, dizendo que foi “envolvido em numa armadilha”, orquestrada por adversários, dispostos a quaisquer sacrifícios para destroná-lo do posto que ele ganhou de mãos beijada de seu colega Valter Araújo, mas que nunca teve humildade suficiente para agradecer.
Abroquelando-se (eita!) na impunidade parlamentar, que muitos teimam em confundir com impunidade penal, Coelho não pensou duas vezes antes de investir, com voracidade canina, contra a honra e a dignidade de pessoas, acusando-as das mais abjetas ignominias, sem, contudo, nunca ter apresentado uma prova consistente de suas denuncias. Caso contrário, o Ministério Público já teria entrado em ação. Hoje, vê-se obrigado a provar do próprio veneno.
“Quem semeia vento colhe tempestade; quem semeia o mal recebe maldade e perde todo o poder que possuía”, ensina o Livro de Provérbios (22:8).
Coelho se diz inocente. Claro, difícil seria assumir que tem culpa no cartório.
Ele vai procurar empurrar o seu mandato até o final, dizendo que não sabia de nada, para tentar convencer os incautos. E não são poucos os que acreditam nessa lorota. Mas a maioria da população não é tola e saberá responder nas ruas aos que não souberam honrar o mandato popular.A ARTE DE ENGOLIR SAPOSO deputado Neodi Carlos deve estar fortemente resguardado para investir numa briga pesada contra o presidente do PSDC, Edgard do Boi. Ele não disse novidade alguma ao definir o PSDC partido de aluguel. Mas peca ao dizer que isso acontece agora, quando até as pererecas que passeiam nos fins de tarde pelas grades do Mirante sabem que sempre foi assim. Inclusive quando de lançou candidato.Mas essa história de pegar esse Boi marrento à unha não é, definitivamente, um bom negócio. Estopim curto, Edgar pode até mesmo lhe tomar a vaga para concorrer à reeleição. E nunca lhe dar de presente a expulsão do partido, que é exatamente o que pretende receber. Moreira Mendes já fez isso com Hermínio para mostrar como se faz para adestrar os recalcitrantes. Mas de besta Neodi não tem nada. Se partiu para o confronto é porque tem bala na agulha. Pode ser este o prenúncio de novidades, quem sabe alvissareiras.Se não tiver seus trunfos na mão, o melhor para o deputado é se acalmar e degustar o anuro, um belo exemplar de bufo marinus, por aqui apelidado sapo cururu. Afinal, política é também a arte de engolir sapos sem perder uma certa dignidade.

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