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Postado por: Carlos Henrique
Data: 29/04/2012DE MÃE PARA MÃE
Direitos humanos para humanos direitos
Reproduzo aqui trechos da carta enviada de uma mãe para outra mãe em SP, depois de assistir a seu protesto veiculado no noticiário da TV. O texto circula na internet e merece reflexão:" Vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão, contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da Febem, em São Paulo , para outra dependência da Febem, no interior do Estado.Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes, decorrentes daquela transferência.Vi também toda a co...)bertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos e ONGs diversas.Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender seu protesto. Quero com ele fazer coro.Enorme é a distância que me separa do meu filho.Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo. Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos, porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família...Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma vídeo-locadora, onde meu filho trabalhava, durante o dia, para pagar os estudos à noite.No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo...Ah! Ia me esquecendo: eu também ganho pouco e sustento a casa. Mas pode ficar tranqüila, viu, que eu estarei pagando, de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem.
Infelizmente, nem no cemitério, nem na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante destas "Entidades" que tanto lhe confortam, para me dar uma palavra de conforto e, talvez, indicar os meus direitos".

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