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Postado por: Carlos Henrique
Data: 04/06/2013Grevista protesta
GREVISTA PROTESTA:
O SALÁRIO NÃO DÁ!
Recebi e reproduzo, por considerar absolutamente pertinente, o comentário enviado por Glaucione, que imagino ser professora, sobre os movimentos grevistas. É preciso salientar que tracei apenas um comparativo entre os aumentos concedidos pelos governos anterior e atual . Em momento algum eu disse que o salário pago está de bom tamanho. Disse – e repito agora – que o quadro apresentado não serve para mostrar que todos estão bem remunerados. Apenas que o governo atual atendeu melhor aos servidores em dois anos do que o anterior, de Ivo Cassol, em seus oito anos de mandato.
Pelo contrário. São atividades do serviço público que equivalem em importância para a coletividade às dos médicos, procuradores, promotores, juízes e, para não parecer uma comparação exagerada, às suas correspondentes na folha da União. Mas é uma realidade que o governo do estado não pode mudar. Apenas o governo federal pode e tem a obrigação constitucional de fazê-lo. Não faz. E, pior, joga no colo dos estados, que deliberadamente coloca em uma situação de quase falência. Todas as medidas eleitoreiras que seu governo produz, como redução de impostos, deixam à míngua a arrecadação dos estados.
Tudo isso para sustentar uma verdadeira orgia com o dinheiro público, como perdoar a dívida de US$ 897,7 milhões de 12 países africanos. Aqueles mesmos que já foram perdoados por Lula, no ano de 2007, em mais US$ 932 milhões, para que as empreiteiras, que financiam as campanhas eleitorais, possam realizar negócios por lá, pagos com o dinheiro do BNDES. Ou seja: mais calote dos bilionários ditadores africanos.
Glaucione diz: “E ai a sociedade pensa que este aumento que os professores tiveram já está ótimo, dá para comer, beber, vestir, pagar aluguel, água, luz, plano de saúde, farmácia e etc, que é o básico para todo ser humano?? Claro esquecem que aumentaram os preços na alimentação, os aluguéis aumentam, os remédios absurdamente caros, enfim o preço de tudo esta mais alto. Enquanto um reles politico que na sua maioria nem estudo tem, ou tem o básico do básico ganha horrores de dinheiro para fazer merda nenhuma a não ser roubar o dinheiro que é do povo, nós da educação que passamos por um banco de faculdade, de pós graduação, temos que nos contentar em sobreviver com R$ 2.184,78. E deste valor é descontado ainda o Iperon, imposto de renda e outras coisas mais. E aí, vocês da imprensa vem nos dizer que só olhamos o nosso lado e o que nos interessa na lei, que deixamos de atender a sociedade, e nós a sociedade olha o nosso lado????”
O básico a que você se refere, cara Glaucione, está, como já disse, estatuído na Constituição como direitos fundamentais para todos os brasileiros. E é claro que você está excluída, com o salário que recebe. E não apenas você, mas todas as carreiras imprescindíveis, que merecem ser adequadamente remunerados pela União, como defende o senador Cristóvão Buarque para os professores do ensino básico.. A pergunta é: será que a CUT e os sindicatos sabem disso? Sabem, mas continuam a defender o governo petista, que nada irá fazer para corrigir a situação.
Para o governo Dilma, basta que sua reeleição esteja assegurada. Que esteja assegurada, por asfixia financeira, a submissão dos estados. Que os empreiteiros continuem bancando a campanha da reeleição e os voos internacionais regados a Johnnie Walker blue label nos jatinhos particulares que transportam Lula. Não estou indicando aqui outro partido que possa mudar a situação. Mas o PT já demonstrou que não vai. Só mudou a situação de Luiz Inácio, que ataca as elites, mas viaja como rico, anda com os ricos, dorme em hotéis cinco estrelas, frequenta hospital de rico, pensa e age como os ricos e bebe da mesma forma.
A professora mostra, indignada, “a violência que assola as escolas, que mata e agride professores através de adolescentes delinquentes que não tem educação de berço e pais que acham que é dever da escola educar, uma justiça que esta do lado deste mesmo adolescente delinquente que faz e acontece e o professor que muita vezes apenas se defende de agressões verbais ou físicas na sua maioria é demitido por justa causa”. Ela lembra que “muitos professores que estão tendo que ser afastados de suas funções por problemas de saúde seríssimos, causados pela falta de disciplina e de educação dos alunos. E então estamos de greve pensando apenas no nosso umbigo????”. É claro que não, permito-me responder. Mas a greve não vai mudar isso.
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Nome: Estela Brito de Souza04-06-2013 10:06
Comentario: Essa situação é deprimente e humilhante, o governador veio em Ariquemes para a inauguração do novo SUPERMERCADO GONÇALVES os professores grevistas estavam lá e ele não deu a mínima, de certo a inauguração do mercado é mais importante. Vi a entrevista dele depois no jornal dizendo que não vai falar com os grevistas enquanto não tiver verba suficiente para os aumentos e que conceder aumento agora seria irresponsabilidade, porém acredito que falar isso pessoalmente seria muito mais DIGNO!
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Nome: GLAUCIANE04-06-2013 21:06
Comentario: CARO SENHOR CARLOS HENRIQUE: Não discordo de você em seu comparativo, realmente o senhor Cassol não nos deu em 8 anos o que ja tivemos em 2, nunca discordei disto, mas este senhor, hoje governador do estado, quando em sua campanha politica assinou um termo de compromisso com promessas para os educadores, e isto no auditorio do hotel rondon em um evento lotado de educadores, e penso que esta na hora de nós brasileiros aprendermos a cobrar que as promessas feitas em campanhas sejam cumpridas pois quem sabe assim as coisas não começam a mudar. E mais pode ate ser que a greve nao mude todo o descaso que temos dos governantes e tb da sociedade, mas de repente sirva ao menos para que esta mesma sociedade se lembre que QUALQUER OUTRA PROFISSÃO precisa passar pelas mãos de um professor e o banco de uma escola e sendo extinta tal profissão, e não esta muito longe pode ter certeza, o que serão dos filhos desta sociedade???? A proposito não estou de greve porque estou como muitos outros colegas infelizmente afastada de minhas funções por ordem medica, amo o que faço, estou na educação por amor mas tb pelo salario,pois somente o amor não enche barriga nem paga as contas. É preciso sim que se pare os serviços essenciais para que sejamos ouvidos, pelo menos pela imprensa que faz o belo serviço, que admiro muito de propagar estes movimentos, e aproveito para perguntar: o que seria da imprensa e seus profissionais se não fosse as mãos de professores e os bancos de escola????
