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Postado por: Carlos Henrique
Data: 30/04/2013Governador pede ação do DNIT
Confúcio visita ministro
e cobra ação do DNITGovernador quer urgência na recuperação da BR-425 até Guajará-MirimO governador Confúcio Moura foi recebido na manhã de hoje em audiência com o novo ministro dos Transportes, Cesar Borges, a quem apresentou a necessidade de providências urgentes para a recuperação da malha viária federal no estado. Confúcio apresentou documento com as reivindicações do estado e ressaltou a trágica situação da BR-425, que liga o distrito de Abunã, na BR-364, ao município de Guajará-Mirim, hoje em verdadeira situação de calamidade.Sobre aquela rodovia, o governador entregou documento que ressalta a importância do pólo turístico representado pela oportunidade de compras de uma variedade de produtos importados na região de fronteira com a Bolívia. Ressaltou tratar-se de uma região de belíssimos recursos naturais, que atraem milhares de visitantes diariamente, oriundos não apenas do próprio estado, mas de estados vizinhos, como o Acre e Amazonas. É uma importantíssima fonte de recursos para o município e para o País, além de consolidar a desejada integração continental, meta da estratégia geopolítica brasileira.O documento argumenta que a BR-425 é a principal via de acesso a esse importante polo turístico e estratégico, que já mereceu recomendação expressa da presidente Dilma Roussef no sentido de que sejam viabilizadas em 2013 as obras da ponte binacional Brasil/Bolívia exatamente em Guajará Mirim. A estrada, contudo, encontra-se hoje lamentavelmente sem condições de tráfego e registra quase diariamente graves acidentes, com elevado número de óbitos. A imprensa e as entidades de classe estão a cobrar de forma incisiva alguma providência da parte do Estado no sentido de solucionar esse tormento regional. Nada há, contudo, o que possamos fazer, primeiramente por tratar-se de rodovia federal, cuja administração é da competência do DNIT, e, depois, em função do estado não dispor dos recursos necessários às intervenções urgentes que a rodovia exige.- “Somos sabedores – continua ele - de ter havido iniciativa exitosa do DNIT, que começou os trabalhos de restauração da rodovia nos anos 2011/2012. Entretanto, por questões ainda não explicadas à população, a obra foi paralisada. Estamos informados de que houve necessidade de reformulação do projeto e que tal procedimento já foi concluído pela empresa Consol e devidamente apresentado ao DNIT em forma de minuta para avaliação e aprovação de forma a que se torne possível a abertura de licitação para contratação do remanescente da obra. Isso, contudo, não está merecendo a agilidade que a trágica situação da rodovia exige. O projeto encontra-se parado no DNIT, enquanto se avolumam as estatísticas de mortes na rodovia. Sabemos ainda ser possível, mesmo enquanto é analisado o projeto, dar início ao processo licitatório, para queimar etapas e permitir a retomada dos trabalhos tão logo termine o período chuvoso.A empresa Rodocom, responsável pela manutenção da rodovia, não tem executado o trabalho com a regularidade necessária, de forma a minimizar os registros de acidentes, segundo informações dos usuários e das autoridades municipais da região. Em função disso, é preciso ser cobrada uma fiscalização mais rigorosa contra a baixa qualidade do trabalho contratado pelo órgão.- Cumpre também lembrar que tramitam no DNIT, já há alguns anos, os projetos já concluídos de construção das pontes de concreto nas localidades de Ribeirão e Araras, cuja inexistência obriga ainda hoje à utilização das pontes de ferro centenárias, estreitas e perigosamente críticas. É uma situação que se agrava com a intensificação do tráfego de mercadorias entre o Brasil e a Bolívia – objeto inclusive do histórico Tratado de Petrópolis. Estreitas e com precários pisos de madeira, as pontes representam elevado e permanente risco para as pesadas carretas obrigadas à sua utilização em função do comércio bilateral.Ademais, está programada pelo governo brasileiro a construção de mais duas hidrelétricas, gigantescas como as de Santo Antônio e Jirau, uma no Brasil, da região de Guajará-Mirim e outra em território boliviano. Em ambos os casos, o acesso será, obrigatoriamente, via BR-425, o que torna ainda mais justificável a adoção de providências urgentes para a conclusão das obras da rodovia e das pontes de Ribeirão e Araras – concluiu o documento.

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