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Postado por: Carlos Henrique
Data: 20/02/2013TransposiĆ§Ć£o - II
TRANSPOSIÇÃO:
Vitória no STF renovaesperança do servidorA NOTÍCIA da vitória no Supremo, cuja sentença já começou a ser cumprida pelo Governo Federal com o enquadramento dos 1,2 mil policiais militares entre ativos, inativos e pensionistas, na folha da União, explodiu como uma bomba e provocou forte comoção em meio aos demais servidores do estado, que vivem a expectativa de serem igualmente beneficiados com a medida. São agora apenas alguns poucos, mais incrédulos, que continuam a imaginar que a União ainda vai conseguir obstacular a medida com recursos meramente protelatórios.MAS A SENTENÇA é definitiva e, além de não ser mais possível a interposição de recursos, ainda cria jurisprudência capaz inclusive de justificar a ampliação do quadro de beneficiados com a transposição administrativa. É que a argumentação do estado fica fortalecida com a decisão do Supremo e o bom senso indica que a União, embora dele não faça lá muito uso, deve providenciar logo a entrega dos anéis, sob pena de perder também os dedos.OS SERVIDORES ficaram animados com a perspectiva, anunciada pelo advogado José Cleber Martins Viana, de uma vitória também no processo de mais 1,6 mil policiais militares contratados entre 87 e 91. E não estão errados ao imaginar que podem conseguir na Justiça o que na política não passou de um monumental engodo, especialmente da parte da presidente Dilma Roussef, que ficou só na promessa eleitoreira.A VERDADE É QUE mesmo para o reduzido número de servidores que sobrou das sucessivas peneiradas impostas pelo Governo Federal, a transposição de fato, pela via administrativa, somente está saindo graças à intervenção do governador Confúcio Moura e do secretário da Sefin, Benedito Alves. Eis porque, acredito, será iniciada a partir de agora uma intensa mobilização dos servidores do estado, Assembleia e prefeituras para buscar judicialmente o seu direito, inclusive deixando de lado os sindicatos, conforme este blogueiro ouviu nas diversas ligações e mensagens recebidas ontem.E MAIS:1 - A INDIGNAÇÃO do senador Ivo Cassol, manifestada ontem com um verborrágico discurso proferido da Tribuna do Senado em sessão que ele – vejam só como faltam ao trabalho os senadores – presidia a sessão, tem apenas uma razão: é que ele foi duramente atingido pela Justiça na parte mais sensível de sua anatomia: o bolso.2 - ESTUPEFACIAR – Existe isso? Bem, se não existe, tá inventado, que o Português é língua viva e permite tais ousadias. Imagino significar o meio qual se obtém o resultado de causar surpresa, de deixar a pessoa literalmente estupefaciada. É assim que poderá estar se sentido o leitor incréu ao raciocinar que Cassol não poderia ser tão violentamente afetado por uma condenação ao pagamento de multa no valor de R$ 300 mil, já que é podre de rico.3 - O RACIOCÍNIO é verdadeiro, mas só pela metade. Cassol não se considera rico. Pelo menos não suficientemente. Tanto que exigia sociedade até para autorizar carrinho de pipoca. Um exemplo: em determinada época de seu governo alguém procurou o Detran em busca de autorização para instalar uma autoescola em Jacy Paraná, localidade em franco crescimento impulsionado pelas obras de Jirau. O empreendedor foi informado de que somente o governador poderia autorizar e ele negou. Em pouco tempo, porém, o filho de Cahulla abriu uma autoescola naquele distrito. Deu com os burros nágua, mas abriu.4 - CONSCIÊNCIA – De tudo o que falou na Tribuna, depois dos beijos e abraços que mandou para todo o mundo, o senador deixou escapar que sabia exatamente o que estava fazendo quando governador. Ele disse que “com certeza, aqueles que se utilizam de seu cargo, independente da posição que ocupam, em benefício próprio ou por corporativismo, cometem crime. Isso é crime! É crime!” Ou seja: ele não pode nem alegar ignorância em defesa própria.5 – MAURO NAZIF recebeu em seu gabinete a visita do recém-eleito prefeito de Palmas-TO, empresário do setor de Shopping Centers, que anunciou investimentos da ordem de R$ 300 milhões em Porto Velho. Carlos Amastha, colombiano, nascido em Barranquila, e naturalizado brasileiro foi, como imagina este blogueiro, o comprador do shopping de Denis Baú, na BR-364, cujas obras estão retomadas.6 – CONSTA QUE o colombiano recusou-se a crer que nosso prefeito tenha gasto apenas R$ 900 mil na campanha: “Palmas é menor que Porto Velho e fui obrigado a investir R$ 10 milhões” – disse ele, que somente ficou convencido ao ver Mauro Nazif atender a uma ligação com um caco de celular caindo aos pedaços. “Parece que é mesmo verdade” – concluiu ele.

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