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Postado por: Carlos Henrique
Data: 01/10/2012Operação Pretória
OAB não foi alvo na operação da PF.
Investigação só envolve seu presidenteApesar da elucidativa nota oficial distribuída pela direção da OAB, continua muito pesado o clima por lá. É que embora nada exista contra a entidade, seu presidente está envolvido até o pescoço na investigação do escândalo dos precatórios. É claro que ele tem o direito constitucional de negar, de assegurar a própria lisura em sua atuação junto ao Sintero e até recorrer à tal presunção de inocência.
Mas a verdade é que a justiça não libera um mandado de busca e apreensão na residência e escritórios de advogados importantes sem uma argumentação consistente. Diz a nota da OAB que “a sede da Seccional Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil não foi alvo de ação de busca e apreensão de documentos na operação desencadeada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira, 31. Ao contrário do que alguns sites de notícias mais apressados divulgaram desde as primeiras horas, deixando a notícia no ar até por volta do meio dia, a OAB Rondônia não foi incluída no mandado de buscas”.
Pelo sim, pelo não, acho recomendável realizar uma nova lavação na entrada do prédio. Mas desta vez com sal grosso.
A propósito:
Foi batizada de “Pretória” a operação desencadeada pela Polícia Federal no caso do escândalo dos precatórios. Para quem não sabe, Pretória era o nome da capital da África do Sul. Mas em 2005 foi mudado para Tshwane, que significa “Somos todos iguais”. Coincidência?
Candidatos devem
usar transporte coletivoAo analisar os resultados das eleições em São Paulo, Élio Gaspari adverte que a renovação de que o PSDB precisa e que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vocalizou é de nomes mas, sobretudo, de ideias. Não só de propostas novas, mas sobretudo de uma faxina nas velhas, demofóbicas.
Os candidatos do PSDB deveriam, segundo ele, ser obrigados a usar a rede de ônibus todos os dias, durante pelo menos uma semana. A experiência valeria mais que sete seminários com ex-ministros tucanos reapresentando ideias de um governo que acabou em 2002.
Ele se baseia no fato do transporte coletivo ter influenciado significativamente no resultado das eleições paulistas. Russomano começou a cair quando inventou a tal da tarifa progressiva: paga mais quem usa mais. Como quem mais utiliza o transporte público é o trabalhador, está explicado o fracasso.
Pois é. Por aqui, Miguel de Souza se antecipou. Foi o único político a percorrer as ruas da cidade de ônibus, para conhecer de fato o problema e buscar soluções. Todos os demais somente conhecem transporte público por ouvir dizer. Pode ser que a solução apareça. Torço por isso. Mas não creio.
