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Postado por: Carlos Henrique
Data: 26/07/2012Precatório do Sintero
Precatório do Sintero:
Hélio Vieira tenta explicar
mancha de batom na cuecaA nota de esclarecimento do advogado Hélio Vieira, que por acaso vem a ser o presidente da OAB/RO justifica a iniciativa “em respeito à sociedade, aos meus clientes e em defesa de minha honra”. E atribui o que classifica como “inverdades, calúnias, difamações e injúrias” a um movimento orquestrado contra ele pela imprensa para atingir sua dignidade profissional. Afirma desconhecer “as razões dos ataques e acusações gratuitos, sendo ilações totalmente fora de contexto”.
E assegura que a advocacia de Rondônia assiste “estarrecida a tentativa de alguns colegas de enfraquecer a instituição OAB”, envolvendo seu nome em um caso que não lhe diz respeito, com objetivos meramente eleitoreiros. Aí a coisa complica.
Não há como dissociar a figura de Hélio Vieira da OAB que preside, com presença diária na mídia - que ele agora ataca para se defender - há vários anos. É a cartilha do PT. Até porque a única base para argumentar que a advocacia está “estarrecida” é sua representatividade como presidente da instituição. Ou será que ele fez alguma pesquisa para dimensionar o estrago?
O pior é que Hélio Vieira nada fala, nem mesmo para desqualificar a testemunha, sobre o depoimento prestado pela servidora do TRT, Débora Moreira Leite Ferreira, na Polícia Federal. Ela afirma ter visto “o advogado Hélio (Vieira) entregar uma caixa com maços de dinheiro ao juiz Domingos (Sávio)”. Está no depoimento. A imprensa não inventou coisa alguma.
Hélio Vieira diz patrocinar a defesa de cerca de 80 mil servidores públicos que “minha história na advocacia é marcada pela defesa dos movimentos sociais, a exemplo da reintegração de quase 10 mil servidores públicos injustamente demitidos”. Ele mente em relação ao número de servidores reintegrados, que não chegou a quatro mil, pois os demais eram todos temporários, e omite o fato de ter ficado milionário com a defesa dos “movimentos sociais”.
O que realmente pode ser claramente lido na nota é uma tentativa de explicar mancha de batom na cueca, como disse certa vez o deputado Ulysses Guimarães sobre a defesa de Collor. A dignidade, auto-atribuída com tamanho vigor por Hélio Vieira, estaria melhor se ele tivesse a decência de se afastar da presidência até que tudo seja devidamente esclarecido. Mas isso eu duvido que vá acontecer. Até porque, até agora, ele tem utilizado a instituição como escudo.
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