Postado por: Carlos Henrique

Data: 02/07/2012

A farra das esquerdas 
            - “Há uma distância muito grande entre aquilo que penso e o que faço para sobreviver”. Será que alguém ainda usa ou pelo menos se lembra dessa máxima, muito em voga nos tempos da ditadura e que poderia ser classificada como expoente da cretinice? Se você, leitor, algum dia ouvi-la da boca de alguém, preste atenção na pessoa e acautele-se, pois estará na presença de um cretino confesso. Por ela, busca-se justificar a histórica incorporação de tantas barbaridades ao cotidiano nacional.

            O pessoal autointitulado esquerdista (PCB, PC do B, MR8, PT , derivados e afins) buscava justificar assim a ocupação de elevados cargos e ganhos no governo militar sem qualquer comprometimento de suas “convicções ideológicas”. O sujeito recebia salários de burguês, vestia-se como burguês, comia como burguês, bebia como burguês, mas se reservava o direito de se apresentar como ideologicamente puro.

            Um conceito vago, mas decisivo para permitir acesso às rodas intelectuais da moda em bares idem, nos quais bebia-se vinho verde chileno e vodka polonesa Wyborowa contrabandeada do Paraguai.

            O recém criado estado de Rondônia incorporou muita gente do tipo, especialmente depois que as coisas começaram a ficar meio esquisitas lá pelas bandas do sul maravilha. O partidão praticamente tomou, então, de assalto a Arena de Teixeirão, com resultados até previsíveis quando se trata de oportunistas. Mas a verdade é que Jorge Teixeira chegou a mandar um comunista para o Senado, o médico Claudionor Roriz, que havia inclusive participado da luta armada quando estudante.

            Curioso é que hoje inverteu-se a mão de direção: o PPS, que sucedeu o “pecebão”, por exemplo, é comandado por “esquerdistas” do quilate de João Aparecido Cahulla, pessoa de cuja seriedade ninguém consegue duvidar, pelo menos pela frente, pois arrisca-se a cair numa estrondosa e constrangedora gargalhada. E lança a candidatura do empresário Mário Português à Prefeitura de Porto Velho em coligação com o DEM de Bianco e o PP de Ivo Cassol.

            Luiz Carlos Prestes deve estar se revirando no túmulo.  

Paulo Henrique Amorim  

            Agradeço a Deus em minhas orações por não permitir que eu venha a naufragar financeiramente a ponto de ser obrigado, para sobreviver, a comprometer condições mínimas de dignidade, decência e pudor. Agradeço ainda mais por não permitir que eu suba tanto que passe a me considerar olimpicamente superior a tais princípios “burgueses”.

            Parece ter sido esse último o caso do jornalista Paulo Henrique Amorim, cujo trabalho era antigamente sinônimo de critério e seriedade. Ele hoje bajula desavergonhadamente não apenas o bispo Edir Macedo, da Universal, seu patrão na Record, e todos aqueles aos quais ele se aliou, como Lula, Zé Dirceu et caterva.

            Paulo Henrique já se insurge contra o Supremo considerando uma imoralidade paraguaia os esforços para começar o julgamento dos réus do mensalão antes que eles sejam beneficiados pela prescrição dos crimes. Já está dizendo que os réus serão condenados sem provas. Daqui a pouco vai jurar que Dirceu é um santo homem e que criminoso é o povo por querer a condenação de um inocente.

            A propósito: Paulo Henrique Amorim se define como esquerdista até a alma.