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Postado por: Carlos Henrique
Data: 20/10/2019Gaspari - Janot
Elio Gaspari confirma blog do CHA:
Projeto de Janot era
derrubar Temer e impedir
escolha de Dodge para a PGRA história vai , aos poucos, sendo passada a limpo. O insuspeito articulista não disse, mas o então Procurador Geral confiava em que Rodrigo Maia o reconduzisse ao cargo após assumir a Presidência com a renúncia de Temer. Está lá, no Blog, para conferir. em "Idiotia Litúrgica", publicado em julho de 2017. Leia o que Gaspari publica hoje na folha.O Intercept Brasil revelou que, às 20h11 do dia 17 de maio, o procurador Deltan Dallagnol disse o seguinte a uma colega:“Janot me disse que não sabe se Raquel é nomeada porque não sabe se o presidente vai cair”.Poucas horas antes da conversa de Janot com Dallagnol havia explodido a bomba do grampo de Temer com o empresário Joesley Batista, ocorrida em março. Janot conhecia o áudio e, desde o início de maio, sabia também que o repórter Lauro Jardim recebera uma narrativa da conversa gravada.A frase desconjuntada de Dallagnol revela que naquela noite Janot associava uma possível queda de Michel Temer ao desejo de bloquear a escolha de Raquel Dodge para o seu lugar. O então procurador-geral da República ficou na situação do japonês de Hiroshima que, em agosto de 1945, acordou, foi ao banheiro, deu a descarga e BUUUM explodiu a bomba atômica. O japonês da piada enganou-se, mas Janot achou que detonara o governo e Temer cairia. Nas 24 horas seguintes, pareceu possível que o presidente renunciasse.Antes da explosão do grampo de Joesley Batista, Janot teve pelo menos duas conversas com Temer, tratando da sua substituição na procuradoria-geral, pois seu mandato ia até setembro. Em ambas, criticou os colegas que provavelmente viriam na lista tríplice da guilda de procuradores, esperada para junho. Seu desapreço pela doutora Dodge era enfático. Na segunda conversa, Temer cortou a manobra dizendo-lhe que se estivesse interessado em ser reconduzido, seria melhor que se inscrevesse como candidato.A conversa de Janot com Dallagnol também sugere que o procurador-geral dificilmente iria ao Supremo no dia 11 de maio decidido a fuzilar o ministro Gilmar Mendes, matando-se em seguida. Noves fora que ele não estava em Brasília, mas em Belo Horizonte, ele tinha outro projeto: soltar o grampo de Temer, derrubá-lo, impedir a escolha de Raquel Dodge e, quem sabe, ser reconduzido para a procuradoria-geral.
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