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Postado por: Carlos Henrique
Data: 20/08/2014Paralisação no DNIT
DNITDemissão de diretor
provoca paralisação
O bloqueio anunciado nas atividades da Superintendência Regional do DNIT, responsável pelos estados de Rondônia e Acre, decorre da indicação do novo superintendente em substituição ao engenheiro Fabiano Martins Cunha, que apresentou à direção geral seu pedido de demissão do cargo em caráter irrevogável. O corpo técnico do órgão elaborou um memorial solicitando ao ministro dos Transportes e ao próprio diretor geral a indicação para o cargo de técnico ligado ao quadro permanente da autarquia, um servidor de carreira do DNIT que “além da liderança peculiar que o cargo exige, disponha também de características que reputamos imperativas para o desempenho do encargo, quais sejam: experiência técnica, experiência de gestão e bom relacionamento interpessoal”.O documento, encaminhado também aos integrantes das bancadas de Rondônia e Acre na Câmara e no Senado, submete três nomes do quadro à avaliação do ministro, os engenheiros Alan Oliveira de Lacerda, Antônio Gurgel do Amaral e Sérgio Augusto Mamanny, todos eles com liderança, larga experiência no setor e sobejamente conhecidos em Brasília, onde desfrutam de excelente trânsito junto aos técnicos e diretores. O problema surgiu no momento em que o deputado Luiz Cláudio apresentou, como representante do PR - partido ao qual coube a indicação do ministro dos Transportes como condição para integrar a base aliada do governo Dilma - apresentou em Porto Velho a proposta de indicar para o lugar de Fabiano Cunha o atual superintendente substituto, engenheiro Robson Carlindo Santana Paz Loures. Não houve acordo. Até porque o indicado, que chegou a Rondônia em maio, não reúne entre os técnicos locais o apoio necessário.A posição do corpo técnico foi reiterada em reunião mantida terça-feira entre Robson Loures e os três engenheiros indicados no memorial, em mais uma tentativa de conseguir apoio do corpo técnico para sua pretensão de ocupar o cargo de titular. Robson Loure até ofereceu a qualquer um dos três o cargos de superintendente substituto e chefe do serviço de engenharia. Não obteve sucesso. Ele sabe que nessa circunstância sua posição ficaria insustentável, pois os engenheiros do órgão poderiam limitar sua atuação exclusivamente àquilo que é de sua responsabilidade, o que é absolutamente insuficiente para fazer andarem as atividades do órgão, principalmente em decorrência da carência de pessoal para atender às malhas viárias federais em Rondônia e Acre.O ministro dos Transportes não pode, ademais, indicar um nome fora dos quadros do órgão. A portaria nº 187/MT, de 30/07/2015 estabelece que são “privativas para os servidores das carreiras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT e para os servidores investidos em cargos do Plano Especial de Cargos do DNIT” a nomeação para o cargo em comissão de superintendente regional. Os signatários do documento argumentam ainda que “a solução ‘caseira’ é, sem dúvida, a mais adequada. “Precisamos de um gestor que conheça as particularidades da região, as características sazonais, a morfologia dos solos, a ocorrência dos materiais e as dificuldades operacionais”. Não menos importante é o indubitável descompasso que ocorre quando chega um gestor forasteiro, que terá que vencer a inércia e a falta de conhecimento do cotidiano da Superintendência”.Os nomes indicados no documento reúnem tais qualificativos. Alan Lacerda é graduado em engenharia civil, analista de infraestrutura de transportes e ingressou no cargo através de concurso realizado em 2009. Exerceu no DNIT as funções de superintendente regional substituto, supervisor da unidade local e supervisor do setor de restauração. Antônio Gurgel do Amaral é graduado em engenharia civil e direito, analista em infraestrutura de transporte e ingressou no órgão por concurso em 2006. Ocupou os cargos de superintendente regional substituto, supervisor de operações rodoviárias, chefe de engenharia e supervisor do Sistema de Custos Rodoviários – Sicro. Sérgio Mamanny, graduado em agronomia, egresso do DNER por concurso realizado em 1996 e já ocupou os cargos de superintendente regional substituto, supervisor do setor de projetos e meio ambiente e supervisor do setor de manutenção.
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