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Postado por: Carlos Henrique
Data: 07/07/2014Reconstrução
Reconstrução:RO tira benefícios da enchenteSuperação do infortúnio. Isso vale para a seleção, que pode jogar muito mais, vencer a Alemanha e conquistar o sexto título. Como disse o “Capita” Carlos Alberto Torres, o campeão do mundo vai sair do jogo Brasil-Alemanha, pouco importando o resultado de Argentina X Holanda. Mas eu não retomei o discurso para falar sobre futebol.Superação é um vocábulo que se enquadra perfeitamente à realidade rondoniense, depois da cheia histórica do rio Madeira, que isolou Guajará, desabasteceu o Acre e deixou milhares de desabrigados em Rondônia. Passado o desastre, instalou-se na consciência geral a necessidade de reconstruir, organizar e prevenir, pois novas cheias certamente virão.Não se pode desconsiderar que Rondônia conseguiu finalmente superar a questão da dívida do Beron. Por enquanto é apenas uma liminar do ministro Ricardo Lewandowisky – quem diria – que impede o desconto de mais de R$ 15 milhões mensais do FPE rondoniense. Os incrédulos e os oportunistas sentenciam que o benefício é transitório e tudo voltará a ser como antes no julgamento do mérito no STF.Não é. Rondônia possui argumentação e documentos fortíssimos para demonstrar no Supremo que foi absolutamente irregular a elevação da dívida do Beron de R$ 60 para quase R$ 500 milhões na mágica que cheira a fraude operada pelo Banco Central. E mais: documento do próprio BC admite que à época, o Beron possuía depósitos compulsórios no Banco Central em valor superior ao registrado como dívida real, que provocou a intervenção. Ou seja: Rondônia pode ganhar e ainda exigir a devolução dos valores até hoje retidos indevidamente.Outra consequência positiva da enchente foi a abertura da BR-421 (ou BR-080), que liga Ariquemes a Nova Mamoré. A rodovia tira definitivamente a região de Guajará do risco de novo isolamento em decorrência das cheias do Madeira, reduz em pelo menos 100 quilômetros o acesso ao Acre das cargas oriundas de outros estados e reduz um pouco o volume de caminhões pesados do tráfego urbano de Porto Velho. Confúcio não é mineiro, mas sabe tomar sopa pelas bordas.A Copa deu certo. A Rosemary também.Em excelente artigo, publicado por Guilherme Fiuza em O Globo, “está todo mundo feliz, e o país mais uma vez se renderá a Lula. O oráculo afirmou que era uma babaquice esse negócio de querer chegar de metrô até dentro do estádio. Que o brasileiro vai a jogo até de jegue. O filho do Brasil mais uma vez tinha razão. Quem vai cronometrar o tempo dos otários nas filas monumentais? Os cronômetros só medem a posse de bola”.- É bem feito – prosseguiu ele - para quem ficou preso nos engarrafamentos a caminho do estádio, de casa ou de qualquer lugar. Lula avisou para ir de jegue. Você ficou engarrafado porque é um membro dessa elite branca que contribui para o aquecimento global. Além de tudo, é ignorante, porque ainda não entendeu que o combustível no Brasil foi privatizado pelos companheiros e seus doleiros de estimação. Como diria o petista André Vargas ao comparsa Alberto Youssef, o petróleo é nosso.E concluiu: - Os zumbis que ficavam gemendo pelas ruas que “não vai ter Copa” sumiram na paisagem do congraçamento das torcidas. Mas é claro que isso será entendido pela geleia geral brasileira como... gol da Dilma! É a virada dos companheiros, a vitória dos oprimidos palacianos sobre as elites impatrióticas etc. A taça é deles. E a conta é nossa. Se você não suporta mais essa alquimia macabra, que faz qualquer sucata populista virar ouro eleitoral, faça como os atletas do Felipão: chore!
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