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Postado por: Carlos Henrique
Data: 26/03/2014Ficha suja
Ficha suja:
Políticos fazem contas
para saber quem ficaA já complicada contabilidade eleitoral dos partidos políticos rondonienses está sendo forçada a incorporar uma importante variável em seu planejamento. A precariedade das informações não permite estabelecer com alguma segurança quem poderá ser candidato e quem será barrado no baile pela ficha suja.Sem contar deputados estaduais e vereadores obrigados a antecipar aposentadorias e tentar legar eventuais patrimônios eleitorais para familiares, dois expoentes do cenário político local dividem opiniões das torcidas. Expedito Júnior e Rubens Moreira Mendes polarizam apostas e estimativas inclusive de juristas. Mas certeza mesmo não existe.O caso mais instigante é o do ex-senador Expedito Júnior que, segundo o que estabelece a legislação, poderá ser eleito para qualquer cargo que pretenda disputar. Mas não poderá ser candidato. Explica-se: sua ficha torna-se limpa dias antes das eleições, o que lhe poderá assegurar o direito de eleger-se. Mas para candidatar-se ele será obrigado a obter o registro junto ao TER, o que não será permitido, pois continua cumprindo a pena de suspensão dos direitos políticos.Advogados de sua torcida organizada são de opinião que Expedito leva vantagem em relação a Moreira Mendes, cujo caso ainda depende de julgamento em Brasília. Ou seja: Moreira Mendes está entrando, enquanto Júnior encontra-se na reta de chegada. Só acontece que Expedito Júnior somente poderá concorrer caso consiga obter uma liminar que o autorize. Mas qualquer liminar seria frontalmente contrária ao que diz a legislação. Durma-se.Existe ainda outro complicador: enquanto Moreira Mendes integra a base parlamentar do governo, Expedito Júnior é do PSDB de Aécio Neves. Pode não ser nada, mas, a considerar as recentes manifestações do Judiciário sobre a questão, pode ser tudo.Sinal de alerta:
Planejamento adverte
para crise em 2015Servidores do MOG – Ministério do Orçamento e Gestão recomendam cuidado com as finanças pessoais em 2015, qualquer que seja o resultado das eleições. Eles asseguram que a situação econômica do país está próxima de romper o precário equilíbrio em que (ainda) se sustenta e o rompimento da barragem – para usar uma imagem presente no cotidiano rondoniense – é irreversível. Não vai ser possível conter os reflexos da enxurrada de desmandos e verdadeiros crimes praticados contra a economia.Amigos e parentes de gente do alto escalão do Ministério estão sendo aconselhados a não contrair dívidas ou financiamentos. Isso significa quye aquilo que todos imaginam acabará por se confirmar: o Brasil está muito perto de incorporar a realidade dos irmãos bolivarianos como Argentina, Uruguai, Cuba e Venezuela. A inflação, segundo as previsões, vai disparar, juntamente com os juros e os preços dos combustíveis e energia.Novos impostos serão incorporados ao já insuportável leque de arrecadação para pagar as contas do governo. O Brasil cairá ainda mais na avaliação das agências internacionais e terá que pagar juros elevadíssimos para contrair empréstimos. A Eletrobrás já está falida e o pré-sal será totalmente vendido ao exterior, em uma tentativa de evitar que a Petrobrás siga o mesmo caminho. Pelo visto, não são apenas as chuvas do próximo inverno em nossa região, ou a falta delas no sul, as responsáveis pelas previsões apocalípticas para o país.Autoridades, pacientes, fingem entender o que a PresidAnta diz em RondôniaDivirta-se:
Relíquia filosófica de
Dilma Roussef no AcreO Blog do Planalto está de sacanagem com Dona Dilma. Partiu de lá a divulgação, sem emendas ou retoques, do discurso da presidAnta no Acre, depois de deixar Porto Velho e sobrevoar as áreas castigadas pela grande cheia do Rio Madeira. Ela concedeu em Rio Branco uma das piores entrevistas coletivas de um governante desde o Descobrimento. E caprichou na pose de detetive para identificar a responsável pela catástrofe: é a Bolívia. Desta vez, deixou Nelson Rodrigues em paz. Sobrou para Esopo, autor da fábula reescrita pela torturadora de textos alheios para transformar Evo Morales em lobo e garantir que o Brasil não é cordeiro. A seleção circula na internet e merece atenção. Quem sabe algum leitor consiga decifrar.1 - Se a gente não souber direitinho porque o desastre ocorreu, a gente não sabe enfrentar. Então, eu quero dizer para vocês que, do ponto de visto do governo federal e das informações que nós temos, que integram todo o combate, enfrentamento e monitoramento de desastres naturais no Brasil, integra o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE. O INPE monitora o clima no Brasil, o INPE, nos melhores padrões internacionais, com contatos com todos os órgãos internacionais. A avaliação nossa é que houve, de dezembro a fevereiro, um fenômeno em cima da Bolívia, entre a parte sul, se eu não me engano, centro e a parte norte ou sul - a centro eu tenho certeza, a sul eu esqueci, se é sul ou se é norte. Bom, mas o que ocorreu ali? Ocorreu uma imensa concentração de chuvas. Nós temos dados de 30 anos, de 30 anos. Nesses 30 anos, não houve nenhum momento, nenhuma situação tão grave quanto essa, em termos de precipitação pluviométrica num só lugar. Portanto, é um absurdo atribuir às duas hidrelétricas do Madeira a quantidade de água que veio pelo rio.2 - E aí eu até disse aqui uma fábula, que vocês conhecem a fábula do lobo e do cordeiro. O lobo, na parte de cima do rio, olhou para o cordeiro e disse: "Você está sujando a minha água." O cordeiro respondeu: "Não estou, não, eu estou abaixo de você, no rio." A mesma coisa é a Bolívia em relação ao Brasil. A Bolívia está acima do Brasil, em relação à água. Nós não temos essa quantidade de água devido a nós, mas devido ao fato que os rios que formam o Madeira se formam nos Andes, ou em regiões altas, se eu não me engano, o Madre de Dios e o Beni, em regiões. em região eu acho que de altiplano um pouco mais baixo, o Mamoré. Então, não é possível que seja devido à Usina de Santo Antônio e a de Jirau a quantidade de água que tem no rio. A não ser que nós nos tomemos por cordeiro e nós não somos cordeiros. Ou seja, ninguém pode dizer para nós, que estamos embaixo, que a culpa da quantidade de água que está embaixo não é de quem está em cima, onde a água passa primeiro. É isso que eu estou dizendo.3 - Este país é um imenso país, não é? Vocês vejam só, eu fiquei olhando o rio Madeira, fiquei olhando. estive lá no Nordeste, o Nordeste está também na pior seca, tem gente que diz que é dos últimos 50, e tem lugares que dizem que é dos últimos 100 anos. Nós temos tido fenômenos naturais bem sérios no Brasil. O fenômeno natural, a gente tem sempre de lembrar, é possível conviver com ele, não é combater ele, nós não queremos combater chuva, nós queremos conviver com a chuva. Então, vamos discutir, sim, porque além disso aqui, nos reservatórios aqui, do Madeira, é tudo a fio dágua. O que significa a fio dágua? Significa que a água passa, a água passa, ela não armazena. Todos os reservatórios do Brasil que não são a fio dágua, que eram os grandes reservatórios do Brasil, onde está a chamada "caixa dágua" do Brasil, são grandes reservatórios de água, grandes, imensos, como é o reservatório de Itaipu, o de Furnas, o de Sobradinho, o de Três Marias, enfim, nesses reservatórios, você regulariza duas coisas. É a tecnologia que nós adotamos para a hidrelétrica, é a seguinte: a gente reserva a água, quando você reserva a água, você está reservando energia.4 - Como aqui é rio de planície, aqui, nessa região, é rio de planície, o rio de planície tem pouco desnível, e você só gera muita energia em reservatório quando tem desnível. Nada impede que em algum lugar ou outro, em rio de planície, você faça um reservatório. Mas você só consegue fazer gerar energia em rio que tem desnível. Estava me dizendo o Ministro da Integração, para a gente ter uma ideia: rio São Francisco, de Sobradinho até o mar, vocês sabem quantos metros tem? Tem 300 metros de desnível. Do rio Madeira - eles fizeram um cálculo, foi um cálculo. é aproximado, viu, gente? Depois ninguém vai me perguntar assim: "Presidente, é trezentos e tanto?" Por favor, é aproximado, em torno de 300 metros. E do Madeira, daqui de Porto Velho, até o mar, o mar, é 60 metros. É essa a diferença. Então, eu quero explicar o seguinte: não é possível olhar para essas duas usinas e acharem que elas são responsáveis pela quantidade de água que entra no Madeira, a não ser a que a gente acredite na fábula, na história do lobo e na fábula do lobo e do cordeiro.Absolutamente grogues, os jornalistas tentavam decifrar pelo menos cinco ou seis linhas quando Dilma encerrou o furioso ataque contra a língua portuguesa, a lógica e o bom senso.
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