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Postado por: Carlos Henrique
Data: 21/10/2013Mudança em Jirau
Comunicado da Odebrecht
nega participação em JirauEmbora seu nome tenha sido anunciado por várias fontes como sucessora da Camargo Correia na conclusão das obras da Usina Hidrelétrica de Jirau, a Construtora Odebrecht nega a veracidade da informação em curto comunicado distribuído na tarde de ontem por sua assessoria de Imprensa.Absolutamente sintético, o texto do comunicado diz que “A Odebrecht Infraestrutura informa que não procede a informação de que a empresa assumirá as obras da Usina Hidrelétrica de Jirau (RO)”.
E continua: “A Odebrecht Infraestrutura informa que participa do Consórcio Construtor Santo Antônio, responsável pelas obras da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, em Porto Velho (RO), que será a terceira maior usina hidrelétrica do Brasil”.A substituição da Camargo Correia nas obras de Jirau fica então como uma incógnita com a negativa da Odebrecht, apontada como a mais credenciada a executar o trabalho, até porque consta ser dela o projeto original – agora desfigurado por inúmeras alterações. O certo é que a desinstalação dos canteiros de obras é a única atividade registrada naquela área.Mudança em Jirau:
Sai Camargo Correia,
entra a Odebrecht
Prejuízos acumulados durante a execução das obras, por erros cometidos especialmente em função de medidas equivocadas de contenção de custos estariam na origem da desistência da Camargo Correia das obras da Hidrelétrica de Jirau. A empreiteira já está desmontando barracões para abrir espaço e permitir a instalação dos canteiros da Odebrecht. Tudo dentro do sigilo necessário para resguardar a empresa contra reflexos na Bolsa de Valores, mas praticamente impossível de conseguir, consideradas as dimensões da obra.
O grande esforço do consórcio formado pela GDF Suez/Eletrosul/Chesf, do qual a Camargo Correia já se retirou depois de transferir suas ações para a GDF Suez, é para assegurar a manutenção do cronograma da obra e ainda tentar corrigir os erros. Um deles teria sido a compra de turbinas produzidas na China a preços mais “em conta”, que no entanto demonstraram ser incompatíveis com os demais componentes do sistema.Problema da mesma gravidade do erro do projeto – já admitido pela Aneel - que resultou em uma incompatibilidade entre os sistemas de proteção e controle dos equipamentos - na geração e na transmissão. Enquanto ele não for corrigido Jirau somente poderá enviar energia (um máximo de 400 MW) para um sistema alternativo que abastece Rondônia e Acre.Lama cobre escadarias
e peixes desaparecem
Parecem não ter fim os problemas ambientais causados pelas hidrelétricas do Madeira. O desequilíbrio hidrossedimentológico decorrente da decantação dos sedimentos nas barragens, que são responsáveis, na avaliação dos ambientalistas do Indam, pelos desastres dos desbarrancamentos, atinge também os peixes, que estão desaparecendo do rio.As escadarias, construídas para facilitar a passagem dos peixes em seu caminho para a desova na piracema, estão cobertas de lama e cascalho. Com isso, as bombas submersas, que deveriam jogar sobre elas a água necessária à subida, simplesmente não funcionam em nenhuma das barragens, cujos responsáveis já não sabem o que fazer para contornar o problema. O desaparecimento dos peixes tem sido objeto de denúncias e reclamações de pescadores e moradores das localidades à margem do Madeira.Até uma draga já foi contratada pelos consórcios construtores para uma tentativa de desobstruir as escadas, mas nada adiantou. “É como enxugar gelo” – define um operador, para quem não há como conter a decantação dos sedimentos. Curioso é que o desastre ambiental decorrente disso age em duas frentes opostas e absolutamente dramáticas. Enquanto o excesso de lama e cascalho obstrui a operacionalização das bombas antes da barragem, sua ausência deixa mais limpa a água, mais forte portanto para investir contra os barrancos e carregar rio abaixo o beiradão. E não há indicativos de solução à vista.O blogueiro errou:
Ponte de Abunã
tem custo menorAo contrário do que foi informado aqui, não houve “mergulho” no preço pelo consórcio Arteleste/Enercil na licitação desenvolvida pelo DNIT Brasília para a construção da ponte sobre o rio Madeira, na BR-364, distrito de Abunã. O que ocorreu foi a supressão dos dolfins no projeto, o que reduz o custo da obra em R$ 60 milhões. Não valem, portanto, as notícias aqui publicadas anteriormente, pelo que o blogueiro pede perdão aos leitores, muito embora as informações anteriores, assim como as atuais, tenham a mesma origem. E em ambas as versões é mantido o valor das propostas.A explicação é de fontes do DNIT, para quem a mudança foi determinada pela Justiça, já que os dolfins – barreiras de concreto que envolvem os pilares para proteção contra acidentes eventualmente ocasionados pela navegação – não serão necessários ali, pelo menos enquanto não foram construídas as eclusas nas barragens das hidrelétricas. E isso vai demorar um bom tempo. Quando e se acontecerem poderá ser usado um sistema de dolfins suspensos para proteção dos pilares contra choques com embarcações.O órgão esclarece que, com isso, não se pode falar em “mergulho” nos preços. Caso fossem considerados os dolfins, o preço da Arteleste/Enercil ficaria em R$ 191 milhões, não tão distante assim da proposta apresentada pelo consórcio Aterpa/Emsa, que constrói a ponte na BR-319 e apresentou proposta de R$ 215 milhões. Os técnicos não souberam, contudo, explicar por que diabos o consórcio não considerou a supressão dos dolfins na formação do preço apresentado na licitação.Especula-se que possa ter algo a ver com as surpresas desagradáveis encontradas no leito do rio, onde verdadeiras cavernas foram encontradas, provocando o afundamento dos pilares de concreto. Consta que o mesmo problema foi registrado com pelo menos duas turbinas na barragem da UHE Santo Antônio. De qualquer forma não deixa de ser alvissareira a esclarecedora notícia. Resta esperar pelo andamento da licitação e torcer para que a obra finalmente se concretize. .Expressões usuais
Excelente análise, de autoria desconhecida, enviada por um leitorO 1/5 e os 2/5 dos infernosDurante o Século 18, o Brasil-Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso País e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto" e recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro. Era tão odiado pelos brasileiros, que, quando se referiam a ele, diziam "O Quinto dos Infernos". E isso virou sinônimo de tudo que é ruim.
A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama". Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT, a carga tributária brasileira chegou ao final do ano de 2011 a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção. Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "dois quintos dos infernos" de impostos...
Para quê? Para sustentar a corrupção? Os mensaleiros? O Senado com sua legião de "Diretores"? A festa das passagens, o bacanal (literalmente) com o dinheiro público, as comissões e jetons, a farra familiar nos três Poderes (Executivo/Legislativo e Judiciário)? Nosso dinheiro é confiscado no dobro do valor do "quinto dos infernos" para sustentar essa corja, que nos custa (já feitas as atualizações) o dobro do que custava toda a Corte Portuguesa!
E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente...Licitação suspensa. Renan,
coitado, fica sem comidaO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), está sem comida em casa há cerca de uma semana devido à suspensão de licitação de R$ 98 mil para a compra de alimentos para a sua residência oficial, segundo informou sua assessoria de imprensa. Com a interrupção - há aproximadamente um mês - do pregão, que previa também fornecimento de materiais de cozinha, copa e equipamentos de limpeza, Renan tem feito as refeições fora de casa nos últimos dias, de acordo com seus assessores.Os envelopes para a licitação seriam abertos no último dia 2, mas o diretor-geral do Senado, Helder Rebouças, determinou a suspensão do pregão após serem constatadas suspeitas de superfaturamento. O documento prevê a compra, por exemplo, de 100 quilos de filé mignon, com valor estimado em R$ 4.050.O edital para o fornecimento de alimentos estabelecia a validade do contrato com a empresa fornecedora pelo prazo de seis meses. Neste período, também poderiam ser comprados outros 25 quilos de camarões vermelhos grandes, com preço estimado em R$ 2.765,75, e 180 quilos de frango congelado, com estimativa de custo de R$ 3.034, 80.O documento estabelece que o pregão seria “destinado à contratação de empresa especializada para o fornecimento parcelado de gêneros alimentícios e materiais de copa, cozinha, limpeza e higienização, para o Senado Federal, à medida que houver necessidade, durante 6 (seis) meses consecutivos”. Segundo a assessoria de Renan, o contrato seria voltado exclusivamente para a residência oficial.A previsão é que o próximo edital seja lançado nos próximos 20 dias. Em agosto, Renan Calheiros proibiu a contratação de serviços pela Casa sem processo licitatório. A lei das licitações, 8.666 de 1993, permite compras diretas e contratação de serviços pelas instituições públicas federais sem que haja processo licitatório para os casos em que o valor da aquisição seja de até R$ 8 mil.A decisão do presidente do Senado foi anunciada após o jornal O Globo publicar reportagem informando que o Senado comprou dois guardanapos no valor de R$ 420 cada, mais um freezer de quase R$ 78 mil para equipar restaurante da Casa - um freezer custa cerca de R$1,5 mil. No mesmo dia, a assessoria do Senado confirmou a compra de 24 guardanapos de linho e três toalhas de mesa pelo valor total de R$ 2.085 sem processo licitatório.
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