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Postado por: Carlos Henrique
Data: 15/10/2013Ponte de AbunĂ£
Ponte de Abunã:Proposta técnica
pode salvar obraAinda não estão definitivamente enviadas às calendas as obras da ponte sobe o rio Madeira na BR-364, distrito de Abunã. Apesar das brutais diferenças de preços registradas nas propostas das empresas participantes, o processo licitatório ainda tem mais etapa a ser vencida, que é o julgamento das propostas técnicas. A licitação está em andamento pelo o Regime Diferenciado de Contratações – RDC. O sistema foi estendido para as obras do PAC, pela lei 12.688 uma forma de agilizar as contratações, aumentando a competitividade e transferindo riscos para o setor privado, o que é atestado pelos resultados até agora obtidos, segundo a direção do órgão.O certo é que o consórcio Aterpa/Emsa, que constrói a ponte sobre o Madeira na BR-319 – Bairro da Balsa, em Porto Velho ainda tem chance de vencer a disputa, pois é a única a poder exibir experiência na realização de uma obra com tais dimensões sobre um rio com características únicas, como a grande velocidade da água. O consórcio ficou em terceiro lugar na proposta de preço, mas apesar da grande diferença em relação à empresa vencedora, a paranaense Arteleste, o preço apresentado (R$ 215 milhões) é o mais realista. A construtora claramente “mergulhou” no preço, talvez até para negociar uma eventual desistência, já que não possui qualificação técnica para a execução a obra e com os R$ 131 milhões propostos jamais conseguirá construir coisa alguma.Apenas para ilustrar: quando recebeu em audiência os senadores de Rondônia e Are para tratar do assunto, o então ministro Alfredo Nascimento informou que o projeto estava sendo redimensionado para adequar-se à realidade do rio após a construção das barragens das usinas hidrelétricas. Mas tranquilizou a todos informando que a obra está no PAC e já tinha, desde então, assegurados recursos da ordem de R$ 240 milhões para sua execução. Isso demonstra o quanto é irreal o preço de R$ 131 milhões apresentado pela construtora paranaense.A notícia, publicada aqui em primeira mão, provocou indignação geral, conforme alguns comentários que selecionei. Alcebíades Flavio da Silva, por exemplo, diz que “é claro que nessa licitação subfaturada tem o dedo do Deputado Roberto Dorner (PP-MT). Ele possui quatro outorgas de autorização concedidas pelo governo federal para explorar serviço de transporte de passageiros, veículos e cargas na navegação de travessia em três rodovias federais na Bacia Amazônica.- A autorização mais lucrativa do parlamentar mato-grossense é a do distrito de Abunã. Há 23 anos este cidadão vem atrasando os Estados do Amazonas, Acre e Rondônia com suas três balsas, que operam dia e noite na confluência dos rios Madeira e Abunã, com um faturamento médio de R$ 60 mil por dia ou R$ 21,6 milhões ao ano. Esses traslados eram de responsabilidade do exército até o ano de 1988 e deveriam ser imediatamente devolvidos... Quero ver se o general Fraxe tem coragem de devolver essa atribuição ao Exercito e acabar com essa mamata...Kruger Darwich Zacarias indaga sobre “qual foi o tipo de licitação feita, se concorrência pública ou pregão. Qual o valor de execução proposto pela administração pública? Faço essas perguntas por que a diferença de preço entre uma gira em torno de 64% que é um absurdo. Ou uma está superfaturada a outra é inexequível, pois como você disse, mergulhou no preço. E aí meu caro Carlos Henrique, teremos mais um elefante branco, pois a obra realmente não vai ser executada.“O grande problema que acontece nessas paragens é justamente esse: inicia-se a obra com preço abaixo do mercado e logo em seguida começa a novela dos reajustes e aí os órgãos de fiscalização, com toda razão, começam a desconfiar de maracutaia. Obra pública cara é obra não concluída, haja vista o exemplo dos famigerados viadutos de Porto Velho, legado deixado pela irresponsabilidade do ex-prefeitinho Roberto Sobrinho”.
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