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Postado por: Carlos Henrique
Data: 26/08/2013Leitora cobra
LEITORA COBRA
IMPARCIALIDADERecebi uma contundente cobrança da leitora Ana Carolina Marinho, que diz estar perdendo o interesse na leitura do blog e observa que isso talvez possa não fazer diferença para este blogueiro. Está equivocada Ana. Tenho absoluto respeito pela opinião do leitor, qualquer que seja ela. Publicaria inclusive as razões de Hermínio Coelho, caso ncontrasse alguma. E dentro dos limites estabelecidos pelo bom senso, procuro reproduzir a todas, como faço agora com a sua. Até porque jamais tive a pretensão de ser o único portador da verdade. Apenas formulo considerações sobre os fatos que me são apresentados. Em resumo: vou deixar de contestar o deputado quando ele deixar de tentar enganar o público com o falso noticiário que patrocina. Ele sabe que não vai conseguir convencer o Judiciário com sua conversa fiada. Mas isso não importa. O que pretende mesmo é se reeleger para continuar acobertado pela impunidade com o compadrio de seus pares.Posso até mesmo me retratar caso comprovadamente tenha me equivocado. O que nunca haverei de fazer será desconsiderar a opinião do leitor, permitindo-me apenas expor meus pontos de vista, caso julgue oportuno. Tenho, por exemplo, que me redimir de público – já o fiz em particular – com a amiga jornalista Mara Paraguassu, a quem classifiquei erradamente de “petista de carteirinha”. Foi uma brincadeira de péssimo gosto que a deixou incomodada, pelo que apresento minhas sinceras desculpas e esclareço que ela jamais foi filiada ao PT, da mesma forma que não é filiada a qualquer partido político. Vamos então, Ana Carolina, a seus comentários:“Carlos Henrique, como sua leitora, me sinto no direito de lhe perguntar: você teve acesso ao processo da operação apocalipse? Se teve acesso, por que você nunca cita os outros envolvidos: além de Hermínio, mais quatro deputados são citados. Três vereadores estão presos? Realmente gostaria de entender, porque sinceramente, estou perdendo o interesse em ler seu blog (talvez para você não faça diferença eu ler ou não), porque não estou vendo ou lendo um jornalista imparcial, você está parecendo alguns jornalistas que se vendem por alguns trocados”.“Comentando com um jornalista outro dia sobre essa situação ele me disse: no começo dessa legislatura, o Carlos Henrique era visto cruzando os corredores da Assembleia, diariamente. Como não conseguiu nada com o Deputado Hermínio, resolver atacá-lo, como muitos fazem, para receberem alguns tostões para ficarem "calados", para não criarem matérias mentirosas ou super exageradas. Gostaria de poder continuar lendo seu blog, porque a leitura dos sites está ficando difícil”.Pois bem, Ana. Vou tentar esclarecer da melhor forma possível suas dúvidas, até porque muitas outras pessoas podem pensar como você e o único patrimônio de um jornalista é a credibilidade, agora ameaçada pelo que você acaba de expor. Já citei inúmeras vezes todos os demais envolvidos na Operação Apocalipse. E se tenho demonstrado maior interesse pelo presidente da Assembleia é justamente porque ele jamais apresentou qualquer defesa além de dizer que está sendo vítima de perseguição política. Não é verdade. Todas as acusações que faz destinam-se exclusivamente a passar ao público uma imagem de bom moço, de vítima. Isso, a não ser por algumas bobagens já produzidas e devidamente contestadas aqui, os demais envolvidos não fazem.A pessoa que lhe disse que eu percorria diariamente os corredores da Assembleia mentiu para você. Da mesma forma, nunca ataquei Hermínio em busca de “trocados”. Ao contrário, já tentei ajuda-lo quando estava interinamente no cargo, como fiz a pedido de meu amigo Jorge Streit quando ele estava organizando o sindicato dos motoristas. Ocorre que, justamente em defesa de minha credibilidade, fui conferir o que ele denunciava com insana frequência.Descobri que ele, sim, fazia acusações levianas para chantagear suas vítimas, das quais exigia dinheiro até para pagar dívidas de jogo. Isso é do conhecimento público e ele mesmo já disse a vários interlocutores que seu único vício é o jogo. Do que me permito discordar. Posso, contudo, até mesmo publicar qualquer manifestação do deputado em sua própria defesa. É claro que serei obrigado a contestar aquilo que considerar falso. Terei que confrontar suas declarações com a realidade. Não farei jamais o que é comum em meio à mídia remunerada, que publica até sem ler os releases produzidos nas trincheiras do senhor presidente. Concordo com você quando demonstra certo enfado a respeito do assunto. Eu também me sinto assim. Mas não posso deixar passar qualquer nova informação.Golpe militarO leitor que viu a entrevista do cantor Lobão nas páginas amarelas de Veja desta semana deve ter notado uma coincidência logo no título. Ele diz que considerou as manifestações de rua um verdadeiro desfile de escola de samba. Isso eu já havia dito aqui: sem outra bandeira que não a disposição de ser contra “tudo isso que aí está”, as manifestações “facebooquianas”, desencadeadas pelos jovens e logo incorporadas por todas as faixas etárias, tiveram como princípio geral o fato de terem um fim em si mesmas. Deu para entender? Não? Esclareço: o público aderiu às manifestações atraído apenas pelas próprias. Uma grande farra, divertida e barulhenta. Um carnaval fora de época. Apenas depois de já terem decidido participar é que alguns se preocuparam em achar uma razão.Mas a maioria assumiu claramente: “é pela festa, lindo isso!”Eis porque considero extremamente perigoso o texto que recebi e com certeza já circula por todo o país pela internet. É uma espécie de convocação para uma grande manifestação programada para o dia 07 de setembro. Com uma diferença: ela embute a proposta de um golpe militar exatamente nesse dia. Claro que parece loucura, mas o golpe militar de 1964 começou com a insatisfação das forças armadas e mobilização popular patrocinada por Magalhães Pinto, Ademar de Barros, Carlos Lacerda e forte apoio financeiro do exterior. Pode ser tolice de algum insano. Mas também podem ser muitas outras coisas. O certo é que razões existem de sobra e vão desde a desvalorização do real, da volta da inflação e do fantasma do desemprego, tudo por conta de um governo comprovadamente incapaz. Mas o que efetivamente preocupa é a guerra declarada entre o grupo internacional chamado “Senhores o Mundo” e as esquerdas reunidas no “Fórum de São Paulo”.Diz o texto da convocação que “Já está passando da hora de virar a mesa! A paciência do povo já se esgotou. Vamos retomar o poder das mãos desses demoníaco e incompetentes PeTralhas, com o apoio constitucional das FFAA. Em 07 de setembro virar-se-á a mesa e o povo, mais uma vez nas ruas, terá o apoio constitucional das Forças Armadas para garantir que se coloque ordem no país desgovernado e seriamente corrompido há uma década. Um civil probo, ético, honesto e competente deverá assumir interinamente o comando da nação brasileira e em 60 dias providenciará eleições limpas e honestas para presidente e para o Congresso”. Eita!Servidora da ALE explica relotaçãoBom dia, Carlos. Sou servidora da Ale/RO desde 1986 - primeiras legislaturas, trabalhando nas áreas fins desta Casa. Apesar de ser uma profissional que sempre em buscou o aprimoramento através de especializações e MBA, nunca fui "contemplada" - reconhecida tecnicamente, neste ambiente de trabalho. Porém, nem por isso deixei de planejar e executar ações inerentes as minhas atividades, pois entendo que não precisava de autorização de chefes apáticos para desenvolver aquilo que me é de direito determinado em normas públicas do trabalho (regimento, regulamentos e estatuto).Sinto-me muito livre para expor meus entendimentos sobre as relações de trabalho no contexto sazonal, frágil e magnificência do legislativo. Onde ser probo e ter habilidade profissionais não são atributos para se ter reconhecimento. Em junho de 2012, incomodada por ser colocada na mesma situação de igualdade de 130 servidores a disposição da 1ª secretaria (que não trabalhavam e recebiam salários), apresentei projeto ao Primeiro Secretário Lebrão (até então não o conhecia e foi a primeira apresentação), para relocar todos os 130 servidores que não cumpriam com o dever de servidor público.Primando pela HUMANIZAÇÃO, respeito, confidencialidade e individualidade de cada servidor que estava ali, alguns até com mais de 20 anos sem trabalhar, outros morando fora do estado, e ainda os que estavam ali por vulnerabilidade biopsicossocial. Sistematicamente, após a aprovação do 1º Secretário e da Mesa Diretora, o plano foi executado seguindo criteriosamente o que foi planejado, desde agosto de 2012. Não houve distorções como o caso da senhora Hélia, outros três servidores estavam também aposentados, aguardando a publicação no DO do Estado (erro de comunicação do RH/Ale e do Iperon).Só não foi pior a situação porque sempre buscamos agir calcados na ética e demais atributos dignos no tratamento para com o ser humano. O que me deixa bastante surpresa, após relotar 110 servidores, sem trauma porque respeitamos o desejo da aptidão ao trabalho e área de preferência, é que tem três servidores que resistem em ser fazer jus ao salário que recebem, porque sempre foram apadrinhados ou tiveram cargo de direção, e por não acharem lícitos e valorosos trabalhar, contaminam os corredores e até que sabe os meios de comunicação.Buscam, me parece que sem sucesso, apoio de Gabinetes para continuarem a ser e ter o tratamento diferenciado dos demais servidores enquadrados e submetido a as normas legais. Enfatizo que: 1) Não recebo gratificação para o trabalho realizado; o projeto executado tem como público alvo somente os estatutários; e que o 1º Secretário tem nos dado integral apoio e se envolvido para execução do Projeto. Reitero, não sou servidora de gabinete, sou especialista em gestão.Sr. Carlos, peço que desculpe pela extensão do texto, mas penso que seria importante passar situação técnica sobre as relotações. Coloco-me a disposição, assim como o acesso ao Projeto ora desenvolvido. Por gentileza, não revele minha identidade. Sou sua seguidora - Blog do Chá, assídua pela criatividade, clareza e competência do que faz. AbraçosCara leitora. Depois de parabenizá-la por seu trabalho e dedicação, informo que posso sim publicar sua manifestação. Apenas não acredito que, mesmo sem citar o nome, sua identidade possa ser preservada, especialmente porque não tem muita gente assim na Assembleia. Se, mesmo assim, você acha conveniente publicar, peço que me autorize. Ok? Abraços.Sr. Carlos: confio na construção de sua matéria de tal forma que possa abordar o foco ao mesmo tempo não me identificando. Minha maior preocupação não é com a verdade e sim com os egos inflamados dos efetivos e flutuantes daquela Casa. Outrossim, temos, ainda, colegas do quadro efetivo que são persistentes e priorizam as suas atribuições técnicas em detrimentos da Casa política (politiqueira!).
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