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Postado por: Carlos Henrique
Data: 24/06/2013Semob vende tapa-buracos
Denúncia:
Semob vende tapa-buracosNão é muito difícil encontrar solução para o problema da buraqueira nas ruas de Porto Velho. A mesma coisa vale para o acesso a sítios, fazendas, condomínios ou na frente da residência do interessado. Mas é preciso ter influência e saber usar algum “peixe” para convencer o pessoal da Semob e conseguir tratamento preferencial no setor. O “peixe”, no caso, é a garoupa, aquela que ilustra as cédulas de R$ 100 e o número exigido varia de acordo de acordo com o tamanho e a complexidade do atendimento. Mas, acertados os detalhes e ajustado o investimento, o serviço é rápido, com alta qualidade e fino acabamento.Quem o garante é um colaborador do blog, que conseguiu resolver os problemas que a buraqueira ocasionava bem à frente de sua residência. Ele conversou com a pessoa certa, apresentou os “peixes” solicitados e conseguiu atendimento “vip”. Por esse caminho, o pessoal da rua da Beira não teria necessidade de esperar tanto, nem promover manifestações ou mobilizar autoridades. Bastaria usar adequadamente seus “peixes”.O atencioso servidor da Semob que solucionou o problema de nosso colaborador até justificou o serviço “especial”. Segundo ele, esse negócio de tapa-buracos não tem futuro. É muito melhor atender a um público selecionado tanto nas vias urbanas como em condomínios e áreas rurais. Disse ainda que o pessoal da Semob não dá muita confiança para o secretário Gilson Nazif: “Aquilo é um nojento que nem aparece por lá. Só fez nomear uma “renca” de parentes, que também sumiram. Nós só estamos trabalhando porque o prefeito está pagando uma gratificação de R$ 300 para todo o mundo. Assim que parar, vamos entrar em greve”.A situação pode ser trágica, mas não deixa de ser engraçada.Juíza de Cajazeiras é contra
Bolsa-Família e diz por quê- Os senhores tem ideia de quantos cartões desse programa estão nas famosas “bocas de fumo”?Apenas a título de esclarecimento, aos que respeitam opiniões contrárias - e apenas a esses - é que escrevo agora. Fui alvo de críticas e agressões acerca de minha opinião avessa ao ‘Bolsa-Família, programa criado pelo Governo Federal há 10 anos. Grande parte optou por uma justificativa simplista: - “Ah, ela é rica, juíza, elite, fala porque nunca passou necessidades, nunca passou fome...”. Pronto! Essa justificativa encerra a questão e resolve o problema. É uma idiotia de quem nada sabe sobre a vida.Saibam que não sou rica, nunca fui e nunca serei. Meu salário é bom, e com ele, se Deus quiser, nunca passarei fome nem necessidade, mas lutei por ele; e como lutei! Sofri, estudei, trabalhei e lutei, repita-se. Mas isso é outra estória que em outro momento, se interessar a alguém, posso contar. Um episódio retrata exatamente um dos fatores que me levam a formar a opinião que tenho. Um simples boato de que o ‘Bolsa-Família’ iria acabar, foi suficiente para causar um caos em várias agências da Caixa Econômica Federal. Uma pessoa me disse que teve que pedir dinheiro emprestado para sair do seu sítio e receber o ‘bolsa-família’, “antes que acabasse”...A pergunta é: de que viveriam essas pessoas, se o ‘bolsa-família acabasse? A minha resposta: passariam ainda mais fome do que tinham quando começaram a recebê-lo. E sabem por quê? Porque agora, com a certeza do “benefício”, do óbolo, elas não se propõem mais a trabalhar, ou a estudar e se profissionalizar. Enfim. Estão escravizados à merreca que recebem, como qualquer dependente químico da droga que consomem. É a isso que me oponho.Quando esse “programa social” foi implantado a situação das pessoas era caótica, lastimável. Hoje elas estão sendo tratadas como inúteis, como incapazes. A partir do momento em que se implanta um ‘programa assistencialista’ como esse, sem uma política paralela de reestruturação, de capacitação para o restabelecimento de condições de trabalho, de autossustento, enfim, de busca por uma atividade que traga um mínimo de independência como contrapartida pela ajuda oferecida pelo estado, ou esse estado passa a considerar essas pessoas como não tendo capacidade alguma para tal ou, simplesmente, não se está querendo ajudar, mas tão somente escravizar, ou seja, obter delas a única coisa de valor que têm a oferecer: o seu voto – e a preço módico. É no que acredito.A ONU, embora, por um lado, elogie o programa, por outro critica o assistencialismo populista e demagógico com o consequente apelo político que ele gera. Segundo essa organização internacional, o ‘bolsa-família’ – que antes era chamado de ‘bolsa-escola’ e exigia a contrapartida das crianças e adultos analfabetos estarem cursando o ensino fundamental – rendeu muita popularidade e votos, mas as DESIGUALDADES continuam elevadas e os progressos obtidos são pífios. Como programa de caráter EMERGENCIAL, o ‘Bolsa-Família’ foi importante, mas onde está a tão decantada “inclusão socioeconômica” sustentável dos seus beneficiários? A Coordenadora do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil afirmou que, da forma que o programa funciona, não tem sido útil para ela identificar e retirar as crianças do trabalho e que esse programa não tem impacto nenhum na redução do trabalho infantil.O programa existe há dez anos e pouquíssimo foi mudado na vida dessas pessoas. O que foi feito de efetivo para reestruturar essas famílias? Visitem as casas dessas pessoas e me digam o quanto mudou! Enquanto apresentam índices de redução de evasão escolar, em razão do que era o ‘Bolsa-Escola’, os adolescentes que passam hoje pela Vara que ocupo não sabem a data de seus nascimentos, não sabem o seu nome completo, não sabem o nome de seus pais e, pasmem, não tem a menor ideia de seus endereços. Que noção de civilidade esses meninos tem? Esses mesmos meninos que agora estão querendo jogar na prisão!?! Os senhores tem ideia de quantos cartões desse programa estão nas famosas “bocas de fumo”?Quem, ou o quê, vai dar essa noção de civilidade, se um programa sério de educação, capacitação, dignificação das pessoas não começar a ser ativado imediatamente? O bolsa-família não dignifica. Escraviza. Vicia no ócio. É o que acho. As pessoas se tornam escravas da vontade política e não formadoras dessa vontade. E isso para mim é um FAZ-DE-CONTA, sim. Não disse que a Presidente é uma faz-de-conta. Disse que o Brasil é um País de faz-de-conta. Defender a redução da maioridade penal é um exemplo disso. Defender a pena de morte também. Fazem de conta que isso vai resolver a criminalidade, mas não vai. Da mesma forma que fazem de conta que cumprem o ECA, que existe há mais de vinte anos, não o cumprem. Nunca o cumpriram.Como eu posso cobrar algo de alguém a quem eu nunca dei a chance que produzisse esse algo? As pessoas não podem viver de esmolas. Precisam aprender a andar com as próprias pernas e precisam saber que isso é da responsabilidade delas também. É dever dos Governos Federal, Estadual e Municipal prover as condições de escolaridade. Algo que dê aos cidadãos a capacidade mínima de escolher seus meios de vida e seus dirigentes e representantes sem que isso dependa de uma esmola sine qua non e que as pessoas possam seguir com suas vidas na dignidade que cada profissão oferece, porque todas elas a têm.Vejo mulheres jovens e saudáveis pedindo dinheiro nas ruas. Cada uma com seus três ou quatro filhos. Mas nenhuma pede um emprego. Por quê? Vejo homens jovens e saudáveis nas portas dos bares ou papeando nas esquinas em pleno dia da semana. Porque não estão trabalhando? Qual o trabalho que as políticas públicas oferecem ou a simples, mas fundamental capacitação para eles?É certo que existem alguns programas profissionalizantes. Mas são tímidos, limitados, e não recebem a milésima parte do investimento que o programa de “caridade” gasta, com essa barganha evidente do “toma lá e dá cá o seu voto”. Ao quê isso vai nos levar, senhores? Ao quê nos levou até agora? Como estão essas pessoas? Sem fome? Tem certeza que R$ 130,00 (cento e trinta reais) realmente mata essa fome? Piada de humor negro... Não sou contra partido político algum. Sou contra políticas públicas inúteis, mal intencionadas e danosas ao futuro da nossa gente e nação. Sou e serei sempre. É a minha opinião senhores.Respeitem-na. Discordem dela, mas a respeitem. E não sejam tão simplistas assim. As coisas não são simples e não podem ser “explicadas” dessa forma populista e demagógica como tem sido a prática dos governos na última década, principalmente por quem não me conhece. O homem precisa ser dignificado e não escravizado ou comprado por aparentes favores de seus governantes. As pessoas continuam sofrendo com a seca... Absolutamente TODAS AS PESSOAS, TODOS OS ANOS, HÁ DÉCADAS. E o que foi feito da política de irrigação, da política que permaneça que se perpetue e que de fato transforme a vida do sertanejo do nordeste, onde – todo mundo sabe, menos o governo – a água está no subsolo e não na superfície?É contra isso que sou. Sou nordestina com muito orgulho e me sinto humilhada com notícias tais como as divulgadas no Jornal Nacional mostrando pessoas “famintas” na porta do Banco para receberem suas migalhas governamentais. Não precisamos disso. Somos inteligentes e capazes. Temos força e vontade de trabalhar. Só precisamos de oportunidades e onde elas estão? Onde está a água das chuvas do ano passado?Não sei se melhoro muito a situação. Mas, se a piorei, não foi essa a minha intenção. Precisava apenas explicar os meus motivos. A todos, reafirmo: esta é a minha opinião. Não a de uma Juíza, mas a de uma mulher que quer muito mais do que ESMOLAS para o cidadão brasileiro e, principalmente, para os jovens adolescentes.Adriana Lins de Oliveira Bezerra
Juíza de Direito, Eleitora, e Cidadã
Cajazeiras – PB
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