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Postado por: Carlos Henrique
Data: 22/02/2013Os banzeiros e a bazófia - Parte III
Os banzeiros e a bazófia - parte III
USINAS APLICAM CALOTE DER$ 150 MILHÕES AO ESTADOO ESTADO DO PARÁ foi até agora o único beneficiado com as compensações ambientais devidas pelas usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. Recebeu R$ 8 milhões destinados pela Santo Antônio Energia. Quem visita Belém pode imaginar que o rio Madeira passa por lá, já que vários veículos circulam pela cidade com vistosos adesivos nas portas anunciando terem sido doados pelas hidrelétricas rondonienses. O dinheiro foi repassado pelo ICM Bio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, órgão ambiental do governo brasileiro criado para aparar o topete do IBAMA, cuja mania de não conceder licenças ambientais para as obras do PAC prejudicava a campanha de Dilma Roussef. Não há, vale ressaltar, ilegalidade nessa sangria e, não fosse a intervenção do Ministério Público ela continuaria a acontecer. Agora, por decisão da Justiça as compensações ambientais das usinas têm que ser aplicadas exclusivamente em Rondônia.MAS DE NADA adiantou tal providência. O Pará continuará sendo o único beneficiado com as compensações ambientais das usinas. Enquanto não houver uma decisão governamental de agir com firmeza em relação às obras, Rondônia vai continuar colhendo apenas imensos prejuízos por oferecer aqui a energia que poderá ajudar o resto do país a evitar um apagão geral ou, quando nada, novo racionamento de energia. Jirau e Santo Antônio sabem que nada gastaram dos R$ 150 milhões (0,5% do investimento total, estimado hoje em R$ 30 bilhões) devidos a Rondônia.MAS ENQUANTO ninguém cobra, deixam toda a conta do empreendimento ser paga exclusivamente pela população de Porto Velho, nas estradas danificadas, no trânsito caótico, na superlotação dos presídios e hospitais públicos, na insegurança, na prostituição, nas drogas, nas inundações, no desbarrancamento das margens do rio, os tais banzeiros, na falta de moradias, na bolha imobiliária, na elevação do custo de vida e no crescimento dos bolsões de miséria. E mais: o estado vai arrecadar R$ 80 milhões em royalties só a partir de 2015, mas já corre o risco de perder pelo menos R$ 15 milhões por mês com o ICMS que a Termonorte deixará de recolher se paralisar as atividades.
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