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Postado por: Carlos Henrique
Data: 25/01/2013Os banzeiros e a bazófia - I
Os banzeiros
e a bazófia - 1
As obras das hidrelétricas, ao contrário do que argumentou a Santo Antônio Energia em matéria distribuída para a imprensa, têm sim, responsabilidade na aceleração dos problemas vividos pelas famílias instaladas em áreas próximas da margem do Madeira e dos igapós que se formam anualmente com as cheias. As inundações e o desbarrancamento das encostas são efetivamente naturais e possuem registros históricos em um rio que ainda não encontrou seu leito, mas foram agravadas pelas barragens.As obras aceleraram o processo e as barragens de pedra instaladas pela empreiteira não solucionam o problema, pois deveriam ser antecedidas por um muro de concreto capaz de impedir a infiltração da água, que continua, agora pouco a pouco, solapando as barrancas. A fragilidade do sistema e a gravidade da situação deverão ficar evidenciadas quando ocorrer o chamado repiquete, nos meses de março e abril. Porto Velho corre o risco de sofrer com uma alagação nunca vista por aqui.A ADVERTÊNCIA é de técnicos ligados ao Instituto de Desenvolvimento da Amazônia – Indam – que, embora recomendem cautela na avaliação, por serem estimativas elaboradas com base em estudos preliminares, asseguram que o comportamento do rio ainda não é integralmente conhecido pelas empreiteiras das usinas.Prova disso é que as estimativas de alagamento que determinaram a indenização de ribeirinhos instalados às margens do Madeira e afluentes, na região da hidrelétrica de Jirau, tiveram que ser revistas para mais. Agricultores indenizados por parte de suas áreas estão agora sendo novamente pagos pelo restante do terreno, pois a inundação será maior que a prevista.OUTRA QUESTÃO levantada pelos técnicos está relacionada ao distrito de Jacy-Paraná. A Camargo Correia construiu a chamada “Nova Mutum” porque a velha será inundada pelo lago. Ali foi também realizada a elevação das pistas da rodovia em média de dez metros. Só que a velha localidade continua seca, enquanto as águas do rio já tomam conta de Jacy Paraná. Quem conhece a área diz que quando a água chegar a subir em Mutum, Jacy Paraná estará totalmente submersa. E não haverá nada de natural, rotineiro ou histórico nisso.E MAIS: todas as parcerias firmadas aqui pelas empreiteiras são apenas ações mitigadoras dos impactos de vizinhança provocados pelas obras. Nada têm a ver, portanto, com as compensações ambientais, nas quais deveriam ter sido investidos 0,5 do valor total das obras. Mas isso é assunto para os próximos comentários.Ambiente de “liberdade”!Recebi e agradeço a Antônio Luiz Campanari mais por se apresentar como leitor deste pretensioso blog do que pelas referências elogiosas aos comentários aqui produzidos, posto que a amizade de muito tempo certamente compromete a avaliação. Mas peço licença para reproduzir o material por ele enviado por considera-lo bastante oportuno. Aqui vai:“Caro jornalista Carlos Henrique.Parabéns pelo seu artigo sobre a "As desastrosas consequências do ambiente de “liberdade”! De há muito que as autoridades da República precisam e devem tomar decisões para impedir os crimes cometidos pela liberdade consentida pelo receio de punir.Vivemos hoje a saudade de um mundo no qual a formação das famílias dependia dos princípios gerais de cidadania e civilidade, assim como o bem e a ordem eram o arquétipo para uma Nação forte e sólida.É bom lembrar que para cada crime deve-se ter a punição na medida exata, porém sempre vigilante de que as pessoas de bem não merecem pagar o preço da omissão das autoridades, o preço da corrupção dos políticos e empresários, o preço da violência contra as crianças inocentes, o preço da matança indiscriminada, dos latrocidas, assassinos e terroristas que permeiam e permearam o tecido nacional.O Brasil começou a perder o controle sobre a violência dos bandidos há muitos anos, quando o terrorista virou perseguido, o assaltante de banco virou autoridade, o traficante tomou conta da vida dos jovens brasileiros e o Governo começou a pagar auxílios de toda ordem aos que não trabalham, ao presidiário, as "bolsas-qualquer-coisa" e as cotas raciais que forçam mostrar que somos um País dividido pela cor da pele!Vemos hoje o mérito dar lugar ao menos favorecido (não que não devam ser objeto de uma política social racional e inteligente), a inteligência das banquetas escolares sendo substituídas pela oportunidade a cotistas nas escolas. Onde está a política de oportunidade de emprego, renda e desenvolvimento que superaria as "muletas" sociais que soem vicejar em países subdesenvolvidos onde a carência é moeda de troca para votos em eleições?Muitos pesquisadores e cientistas passaram a buscar em outras terras as oportunidades que não se lhes são oferecidas em terras brasileiras. Estamos mal! E sobre as terras, vale destacar que aqui as terras dos brasileiros também sofrem as divisões de cotas: terras para índios, terras para os sem-terra, terras para os quilombolas... menos terra para os que avançam sem medo na aventura de produzir e de fazer deste País um grande país.Aqui, os que trabalham ganham um salário mínimo, que é inferior ao dinheiro recebido pelos que foram presos por ter cometido um crime, já que a estes é garantido o auxilio-reclusão. Quem será que fez esta lei? E a família que perdeu o pai, a mãe, o filho? O Governo pagará pela perda? Fica aí a minha indagação... !Parabéns, Carlos Henrique, pela abordagem do tema que nos assusta diariamente e está na vida dos que sofrem a violência e na consciência dos que a deixam propagar na sociedade”.
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Nome: Ecir Rezende dos Santos25-01-2013 20:01
Comentario: Meus parabéns DELEGADO CAMPANA, até que enfim mostrastes as unhas. Este é o CAMPANA que eu conheço.
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