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Postado por: Carlos Henrique
Data: 22/04/2025Xô Mosquini
Xô Mosquini! Fora!!!"Curiosa esta ciência, a política, ao alcance de qualquer pessoa, sem necessidade de estudos. Paraíso de preconceitos, terreno fértil para dogmas em que o pensamento superficial, inseparável da convicção, cresce como cogumelo no esterco". Ricardo Cammarota
A impressionante repercussão da reprimenda pública imposta pelo secretário geral do MDB Rondônia a seu ainda (???) presidente, deputado federal Lúcio Mosquini, exige uma leitura mais cuidadosa. Até porque a parte interessada – o deputado – finge que nada viu, ouviu ou foi informada. A realidade, porém, impõe dificuldades a qualquer tentativa de contestação. As declarações de Lenzi reverberam cada palavra de emedebistas insatisfeitos e revoltados com o verdadeiro sucateamento sistematicamente imposto àquela que sempre foi a mais forte agremiação partidária do Estado.Lenzi colocou o dedo na ferida! Com a severidade que o assunto impõe. Categórico, implacável e decisivo, como reclama a militância e simpatizantes, mas sem perder a afabilidade que o caracteriza. Apontou a ambigüidade das ações e declarações do parlamentar, que se diz inconformado com a orientação governista da direção nacional da legenda, mas se beneficia dos pesados investimentos aqui realizados pelo governo federal, inclusive no município de Jaru, sua base eleitoral.Lúcio Mosquini contesta a concessão da BR-364, mas se anuncia defensor do agronegócio – principal beneficiário das obras que serão realizadas na rodovia. Declara, por fim, não aceitar a orientação partidária em favor do governo, contra o qual vota sistematicamente contra. Mas não abre mão das vantagens da Presidência regional. Nem dos cargos federais. Se acredita de verdade haver coerência em sua atitude, o deputado torna-se, no mínimo, um exemplo claro do autoengano apontado por Eduardo Gianetti: “O fulcro do autoengano não está no esforço de cada um em parecer o que não é. Ele reside na capacidade que temos de sentir e de acreditar de boa-fé que somos o que não somos”.A esperança das bases do partido é que alguma atitude seja adotada pela direção nacional. É um caso claro de “periculum in mora”, considerada a aproximação do período eleitoral. É passada a hora das lideranças partidárias ouvirem aquilo que Brizola chamou de “voz rouca das ruas”. O parlamentar pode até permanecer no partido e manter a pose que adotou de “vestal do bolsonarismo”. Mas tem que se afastar da Presidência. Ou ser afastado, o que por todos os aspectos é muito melhor! (CHA)

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