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Postado por: Carlos Henrique
Data: 04/10/2014Euma Tourinho
Então o povo quer
cassar Xandão?
Conta outra!!!A candidata à Prefeitura pelo MDB, a ex-juíza Euma Tourinho, tem sofrido forte pressão da chamada mídia adestrada. Justamente por aquilo que a sensatez classifica de mérito: a proximidade de ministros do quilate de Flávio Dino e Alexandre de Moraes, além do senador Confúcio Moura. Não importa se classificado como único rondoniense a figurar na relação dos mais respeitados parlamentares do país pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – DIAP.O senador, afinal, conseguiu trazer, em pouco mais de um ano, mais recursos para Rondônia do que Bolsonaro em seus quatro anos de seu execrável governo. Confúcio não apenas direcionou emendas claramente identificadas a rigorosamente todos os municípios rondonienses, como assegurou recursos do governo para a manutenção das rodovias federais e inúmeras outras obras.Dizem que tal proximidade “eleva o descontentamento com a imagem pública de Euma”. Ainda que fossem atuais as fotos exibidas, o que não é verdade, como alguém poderia se prejudicar por suas virtuosas companhias? Flávio Dino, afinal, foi o único a apontar o dedo para a vergonhosa distribuição das “emendas Pix” pelo Congresso.Uma história mal contada, alvo de investigação do MPF e da PF, que deverá cair como uma bomba no Congresso logo após as eleições. É o que apelidei de “Rachadão do Lira”, capaz de botar no chinelo as rachadinhas da família Bolsonaro.O ministro Alexandre de Moraes, do STF, é alvo da fúria bolsonarista, que imagina conseguir seu impeachment, não se sabe exatamente a razão. Possivelmente por ter colocado a necessária focinheira para domar a arrogância do empresário sul africano Elon Musk, dono do antigo Twitter. E fazê-lo submeter-se, cordata e humildemente, às decisões do Supremo. Além de, claro, pagar - integralmente e sem um pio - as multas milionárias aplicadas pela mão pesada de “Xandão”.Ou, quem sabe, por ter assegurado a realização das eleições de 2022, que Bolsonaro ameaçava “melar” pelo risco de perder. Ou por representar uma ameaça às conspirações da extrema direita, como o projeto de lei do estuprador ou a anistia para os “patriotas” de 8 de janeiro, entre os quais o próprio Bolsonaro.O ex-presidente, aliás, faz disso sua única pauta, conforme demonstrou por aqui. Por isso atacou o senador Confúcio Moura, nos palanques carentes de público dos municípios por onde passou. Confúcio, afinal, é o único de nossa bancada federal a não lhe dar a menor confiança.O senador está certo. O que, diabos, o ex-presidente fez por Rondônia em seus quatro anos de desgoverno, além de estimular a invasão, desmatamento e garimpo em áreas indígenas e reservas ambientais, e ainda eleger um magote de mulidades? Está certo o ex-senador Ernandes Amorim, que ofereceu um carro “zero km” a quem lhe apresentasse uma única obra iniciada e acabada no estado pelo ex-presidente. Ninguém se apresentou até agora para reivindicar o prêmio.O fato é que o crescimento das intenções de voto em Euma Tourinho apavora a candidatura “oficial”, mesmo que não vença. O que pode acontecer será pelo menos contribuir para levar a disputa ao segundo turno. Por isso é que tentam contrariar qualquer raciocínio minimamente inteligente para dizer que Euma Tourinho se distancia dos “interesses do povo de Porto Velho”.Está no direito de cada um buscar remuneração pelo trabalho. E uma candidatura bancada pelo Governo do Estado, Prefeitura e Assembleia reúne as principais fontes pagadoras da mídia. Mas “est modus in rebus” (há uma medida nas coisas) – diria Horácio. É preciso emprestar alguma verossimilhança, nexo ou coerência ao que se publica.Dizer que a população da capital está preocupada com o “impeachment” do ministro é uma bobagem das mais desavergonhadas. Se alguém perguntar ao eleitor: - O que é impeachment? Ele provavelmente responderá: - “impe... o quê”?
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